A proporção de mulheres em cargos policiais e de gerência em Mato Grosso do Sul é bastante inferior a dos homens. Os dados foram detalhados no estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado nesta quinta-feira (04) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em MS, segundo as informações de 2019, a proporção de mulheres no efetivo ativo da polícia militar e civil fica em 16,1. No efetivo ativo da polícia civil, 28,6.
Os números apresentaram aumento no comparativo ao levantamento anterior de 2014, no entanto, as mulheres ainda são minorias nas funções [veja na tabela mais detalhes].
Os dados mostram ainda que MS tem sétima maior proporção de policiais (PM e PC) femininas entre as UFs. Enquanto o maior número fica com AP (24,3%), o menor foi registrado em RN (5,3%).
Menos de um terço dos cargos gerenciais é ocupado por mulheres
Por fim, o indicador Participação das mulheres nos cargos gerenciais aborda a inserção das mulheres em posições de liderança tanto no setor público – como, por exemplo, diretoras de órgãos governamentais –, quanto no setor privado – como em cargos de diretoria ou gerenciais de empresas privadas.
Como mostra o gráfico, em 2019, o percentual de mulheres inseridas neste cargos, foi de 30,6%. Em contrapartida, o percentual de homens figurou em 69,4% [veja abaixo].
O IBGE destaca que trata-se de um indicador que, além de tratar da questão da participação das mulheres na vida pública e tomada de decisão, colabora com a compreensão de certas características do mercado de trabalho, como a desigualdade de rendimentos entre homens e mulheres.
Os números para MS vinham evoluindo desde 2013, porém, a evolução percebida até 2016 foi interrompida.
Taxa de desemprego das mulheres é 69,5% maior que a dos homens em MS
Além do cenário de desigualdade de ocupação nos cargos de polícia e de gerência, as mulheres são a maioria do público desempregado em MS.
Em Mato Grosso do Sul, a taxa de desemprego entre as mulheres, em 2019, foi de 10%, 69,5% superior à taxa de desocupação dos homens (5,9%). Em relação a análise por cor ou raça, a taxa de desocupação era maior entre as mulheres brancas (12%) do que entre as pretas ou pardas (11,4%). Na média nacional, a taxa de desocupação feminina foi de 17,7%, sendo 16,8% entre as mulheres pretas ou pardas e 11% entre as brancas.
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