LAMA ASFÁLTICA

Ex-deputado Giroto é condenado a quase dez anos de prisão

Os valores usados na compra teriam vindo de três crimes previstos no Código Penal Foto: Campo Grande News/ Os valores usados na compra teriam vindo de três crimes previstos no Código Penal Foto: Campo Grande News/

Foi condenado a quase dez anos de prisão, em regime fechado, na primeira sentença na Operação Lama Asfáltica, o ex-deputado federal Edson Giroto. A acusação contra ele é de ocultação de recursos originados na compra de uma propriedade rural, no valor de R$ 7,63 milhões, recursos que, conforme decidiu o juiz Bruno Teixeira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande, devem ser restituídos ao poder público em valores corrigidos.

Giroto atuou como secretário de Obras Públicas e Transportes de Mato Grosso do Sul até 2014. Conforme o Campo Grande News, além de Giroto, foram condenados o cunhado dele, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, e a mulher, Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto, por terem, quatro vezes, “ocultado e dissimulado a origem, disposição, movimentação e propriedade” dos recursos usados na compra da propriedade, conhecida como Encantado Rio Verde.

A sentença foi expedida na sexta-feira (15), sendo disponibilizada para consulta apenas nesta segunda-feira (18).

O magistrado frisa nos apontamentos que “os valores usados na compra teriam vindo de três crimes previstos no Código Penal –apropriação ou desvio de dinheiro do qual tem a posse em razão do cargo por funcionário público, corrupção passiva (solicitar vantagem indevida ou aceitar promessa de vantagem) e ativa (oferecer ou prometer vantagem a funcionário público para determinar prática, omissão ou retardar ato de ofício)– e contra o sistema financeiro”.

Na decisão, o juiz também manteve as prisões preventivas de Giroto e Scrocchio –que estão na cela 17 do Centro de Triagem Anizio Lima desde maio de 2018– e as restrições de liberdade aplicadas a Rachel Giroto, que está em prisão domiciliar. 

Por se tratar de sentença de primeira instância, ainda cabe recurso à ação, que começou a tramitar em 2016.

Comentários