A família de Anelise Mara Bispo procura pela mulher de 46 anos que fugiu da casa onde mora com o filho no Bairro Jardim Pênfigo, em Campo Grande. Segundo familiares, Anelise sofre de problemas psiquiátricos, recusa tratamento e costuma fugir, no entanto, já faz mais de dois meses que os parentes não têm notícias dela.
Em contato com o site Campo Grande News, uma das irmãs, Lúcia Bispo de Oliveira, de 50 anos, até lamentou a exposição que faz da irmã, mas a preocupação com o perigo que Anelise pode sofrer é maior. "Não temos outra opção, porque está perigoso, precisamos contar com ajuda das pessoas, não temos mais onde procurar", diz.
No dia 25 de novembro, a família registrou o desaparecimento na delegacia virtual de Polícia Civil. "Ela tem problemas mentais, mania de perseguição e nunca aceitou tratamento", comenta Lúcia.
Anelise tem um filho de 27 anos e até dois anos atrás morava com a irmã Lúcia, mas depois que a convivência ficou insustentável, os familiares compraram uma casa próxima, no Jardim Pênfigo, mobiliaram e transferiram mãe e filho para lá.
O sumiço teria sido depois que a família passou a cobrar pela limpeza e organização da casa e tentou marcar uma consulta no Caps. "Ela é acumuladora de lixo, a casa estava uma miséria, nós falamos de limpar. Este foi o último dia que a vimos presencialmente, 25 de outubro", relata Lúcia.
Como ela passaria por uma cirurgia no início de novembro, começou a se preparar e ficou alguns dias sem visitar a irmã. "Depois disso minha outra irmã começou a ir de novo, e meu sobrinho dizia que ela tinha saído, que cuidava de umas idosas no Coophavilla, até que começamos a pressioná-lo", conta Lúcia.
As irmãs e o sobrinho foram até o endereço que ela teria informado sobre onde estaria, uma casa de número inexistente, na Rua da Enseada. Como não encontraram a casa nem informações sobre Anelise, a família registrou o boletim de ocorrência. No texto, eles explicam que um dos motivos para a fuga seria o medo de internação.
"O que sabemos é que ela anda muito, muito, muito, fomos em todos os lugares onde ela frequentava", explica Lúcia.
Os parentes também recorreram às redes sociais divulgando fotos e deixando os contatos. "De novembro pra cá, três pessoas ligaram falando que a viram, mas quando nós chegávamos, ela não estava mais", conta Lúcia.
A última ligação com informações foi recebida no dia 3 de dezembro. "Diz que ela estava em um ponto de ônibus, em frente à Caixa Econômica da Bandeirantes e que estava com o cabelo alaranjado. Coisa que ela nunca fez, o cabelo dela era preto", descreve a irmã.
Preocupados, os familiares pedem que qualquer informação sobre o paradeiro de Anelise seja repassada para os telefones: 9-9988-9522, 9-9820-3094 e 3305-5937.
Comentários