OPERAÇÃO ORMETÀ

Fazenda que abrigava pistoleiros armazenava armas e tinha até bunker

Local alvo de busca e apreensão ontem, durante a terceira fase da Operação Ormetà - Crédito: Divulgação/MPE Local alvo de busca e apreensão ontem, durante a terceira fase da Operação Ormetà - Crédito: Divulgação/MPE

Fazenda denominada “Três Cochillas”, localizada na região de fronteira entre Brasil e Paraguai, servia de abrigo para pistoleiros e depósito de armas de grosso calibre usadas pelo grupo liderado por Fahd Jamil, considerado o ‘Rei da Fronteira’. O local era ainda estruturado com passagens secretas subterrâneas e possuía um bunker. 

As informações constam nas investigações realizadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), resultando na terceira fase da Operação Ormetà. 

O Dourados News teve acesso à denúncia realizada à Justiça pelo MPE (Ministério Público Estadual). Nele, são apontados dois núcleos de pistolagem em Mato Grosso do Sul, um comandado em Campo Grande e outro em Ponta Porã. 

Fahd e o filho, Flávio Correia Jamil Georges, seriam os responsáveis pela organização na região de fronteira, enquanto Jamil Name e Jamil Name Filho – presos na primeira fase da operação e cumprindo pena no Presídio Federal de Mossoró (RN) -, cuidavam das ações na Capital. 

De acordo com o documento, “consta dos autos (fls. 585 e segs.), que a organização criminosa de Ponta Porã usa a propriedade rural de propriedade de Fahd Jamil, denominada “Fazenda Três Cochilhas”, localizada em tal Município, como abrigo para diversos “pistoleiros”, a qual se localiza em um ponto estratégico e, segundo investigações e atividades de inteligência, é uma região onde transitam homens fortemente armados”, relata parte da denúncia. 

Conforme o MPE, o acesso dessas pessoas à propriedade é constantemente monitorado por integrantes dessa organização, na tentativa de evitar ações policiais que resultassem na apreensão de armas e outros objetos. 

A propriedade, conforme aponta a denúncia, também servia de abrigo a foragidos da Justiça, dois deles com mandados de prisão expedidos em fases anteriores da Operação Ormetà.

Terceira fase

Ontem, ação envolvendo policiais do Gaeco, Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Bope e DOF, deram cumprimento a 18 mandados de prisão preventiva, dois temporários e outros 20 de busca e apreensão, esses, nas cidades de Ponta Porã, Ivinhema e Campo Grande, além de Peruíbe (SP) 

Considerados pelo Ministério Público os ‘chefes’ do núcleo da fronteira, Fahd e Flávio não foram localizados. 

O objetivo da terceira fase da Operação Ormetà, denominada Armagedon e desencadeada na manhã de quinta-feira (18/6), foi de desbaratar organização criminosa atuante em Mato Grosso do Sul, especialmente na região de fronteira, dedicada à prática dos mais variados crimes, dentre eles o tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.

 

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