Os bancos públicos devem desembolsar R$ 14,7 bilhões em crédito para financiamento de turismo no Brasil neste ano. Esse montante cerca de 30% superior ao liberado no ano passado, considera todo o financiamento concedido por Banco do Brasil (BB), Caixa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES), Banco do Nordeste e Banco da Amazônia para prestadores de serviços turísticos e consumidores finais.
Mas nem tudo são flores. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, avalia que o volume de crédito para o setor poderia aumentar em ritmo muito mais elevado caso os empresários do ramo hoteleiro modernizassem sua gestão e, ao mesmo tempo, os bancos construíssem uma política específica para o segmento - com uma exigência de garantias mais apropriadas ao setor.
"O modelo de negócio das instituições de ensino superior mudou com a entrada de grandes fundos de pensão no capital, influenciando a gestão. Isso precisa acontecer também com os hotéis, e, de certa forma, está começando, com a entrada de redes internacionais no mercado", disse o ministro, para quem "o Brasil precisa de um setor hoteleiro mais dinâmico do que tem hoje."
De acordo com o departamento de financiamento e promoção de investimentos do Ministério do Turismo, o aumento de 33% já no primeiro trimestre nos valores financiados por bancos públicos se dá, entre outros fatores, por causa do início desse processo de modernização da cultura empresarial.
"Os empresários estão se organizando e aprendendo a captar recursos", disse o ministério, em documento. Para acelerar esse processo, o governo estuda a formulação de um "guia do empreendedor", em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para fomentar o surgimento de novos atores no mercado.
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