Realidade vivida por 18,9% dos brasileiros, a obesidade pode resultar em diabetes, hipertensão, câncer e doenças cardíacas, por exemplo.
Com o objetivo de tentar mudar esse índice e a realidade que aflige parte da população, o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade mostra como uma vida mais ativa pode evitar diversos problemas de saúde.
De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, mais da metade da população estava acima do peso recomendado no ano passado.
Os dados mostram que houve, paralelamente ao aumento da obesidade, crescimento de doenças como diabetes (8,9% em 2016) e hipertensão (25,7%).
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a obesidade está relacionada à maior probabilidade de 13 tipos de câncer: esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino, rins, mama (nas mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo.
Ações
Neste ano, o Ministério da Saúde assumiu três objetivos importantes para a população adulta brasileira até 2019: reduzir o aumento da população obesa com políticas de segurança alimentar; diminuir em pelo menos 30% o consumo de refrigerantes e sucos artificiais; e aumentar em 17,8% o número de pessoas que consomem frutas e verduras.
Outra iniciativa da pasta foi a redução do sódio em alimentos, em parceria com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia).
Desde 2011, 17 mil toneladas de sódio já foram retiradas dos produtos. Já o programa Academia da Saúde, que possui mais de 4 mil polos, em 1,7 mil cidades, incentiva e propicia a prática de exercícios e atividades físicas, cruciais para uma vida sadia.
Para as crianças, foi elaborado o programa Saúde na Escola, em que ações contra a obesidade e outras doenças são realizadas em mais de 78 mil escolas em todo o País.
Segundo a pasta, mais de 18 milhões de estudantes são atendidos com o ensino de boas práticas de alimentação.
No Sistema Único de Saúde (SUS), os cidadãos têm acesso ao tratamento de doenças relacionadas à obesidade, e, em último caso, a cirurgias bariátricas e reparadoras.
Os procedimentos estão garantidos aos maiores de 16 anos com diagnóstico de obesidade grave. Em 2015, o SUS realizou mais de 7,5 mil cirurgias bariátricas.
Guia de alimentação
O ministério elaborou ainda o Guia Alimentar para a População Brasileira, para auxiliar aqueles que desejam melhorar os hábitos alimentares e substituir produtos industrializados, que podem ser conferidas nesta matéria.
O manual sugere que alimentos naturais, com menos processamento (como frutas e verduras, castanhas, leite, ovos e carnes) sejam a base da alimentação; que sal, açúcar e óleo sejam pouco utilizados, assim como produtos processados (legumes em conserva, frutas em compotas, pães e queijos) e ultraprocessados (macarrão instantâneo, biscoitos, salgadinhos, refrigerantes).
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