O Ministério da Justiça autorizou a vinda de uma equipe da Força Nacional para região sul de Mato Grosso do Sul para atuar nas áreas de invasões de indígenas a produtores rurais. A definição foi tomada durante reunião realizada na Câmara Municipal de Amambai, na última sexta-feira (26), que contou com a participação do presidente do Sistema Famasul - Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Nilton Pickler, e dos presidentes dos Sindicatos Rurais de Ponta Porã, Jean Pierre Paes, e de Amambai, Diogo Peixoto da Luz.
A iniciativa do encontro foi da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), por intermédio do GGI-Fron (Gabinete de Gestão Integrada).
A primeira reunião foi realizada no início da semana (23), no Sindicato Rural de Amambai, em decorrência das últimas invasões realizadas por grupos indígenas em duas propriedades rurais localizadas no município de Coronel Sapucaia. Metade das 89 propriedades invadidas no Estado ficam na região Sul e tem se tornado local de conflitos tensos entre indígenas e fazendeiros.
O último deles ocorreu na semana passada, na mesma região.
De acordo com o presidente da Famasul, a instituição busca a pacificação e a integração social entre índios e produtores.
"A federação tem atuado no sentido de orientar os produtores a buscar a Justiça e sempre evitar a violência" argumentou Pickler. Os presentes concordaram em criar uma força de trabalho para definir ações preventivas de invasões.
Na avaliação do delegado da Polícia Federal em Ponta Porã, Alcídio de Souza Araújo, para que a situação do Sul do Estado melhore, no que diz respeito a pacificação, é necessário adotar medidas imediatas. "Vejo algumas ações que, se fossem adotadas, combateriam as invasões, entre elas, a paralisação do processo de demarcação em terras invadidas", argumentou.
Ao final da reunião, o grupo recebeu a notícia de que uma equipe da Força Nacional será enviada pelo Ministério da Justiça para realizar patrulhamento e trabalho ostensivo na região do Cone Sul. O grupo de segurança pública deve se reunir na próxima semana para definir a estratégia operacional das policias que atuam na região.
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