Força-tarefa da Lava Jato prendeu na manhã desta quinta-feira (21), em São Paulo, o ex-presidente da República, Michel Temer. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
As informações foram divulgadas pelo G1. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, mas ainda não foi divulgado qual o motivo da determinação.
Desde quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou. O ex-presidente foi pego quando sai de casa, de carro. Neste momento, ele passa por exame de corpo de delito, como é exigido, e depois deve ser transferido para o Rio de Janeiro.
Ao todo, Temer responde a 10 inquéritos, o que torna complicado adivinhar qual é o motivo da prisão.
Em 2018, inquérito da PF concluiu que o presidente Michel Temer recebeu da empreiteira propinas de ao menos R$ 1,43 milhão por meio de intermediários, referentes a repasses ilícitos da Odebrecht ao MDB. Mas uma das possibilidades é que o mandado de prisão seja por propinas referentes a construção da usina Angra 3, que envolve a empresa Eletronuclear.
O líder do MDB, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Márcio Fernandes, comentou a prisão logo que soube da notícia. "Se é uma decisão da justiça, tem de acatar. Mas isso ocorre em todos os partidos. Que ele pague a Justiça se algo for provado. Mas isso não prejudica o partido. É algo pessoal, do Temer."
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