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Frigorífico JBS descarta fechamento, mas promete 80 leitos de UTI para MS

Secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende informou que a administração da unidade apresentou plano de biossegurança

Frigorífico da JBS instalado em Dourados (Foto: Divulgação) Frigorífico da JBS instalado em Dourados (Foto: Divulgação)

O frigorífico do grupo JBS em Dourados, onde trabalha a primeira indígena diagnosticada com coronavírus em Mato Grosso do Sul, não vai suspender as atividades como ocorreu em Guia Lopes da Laguna e Bonito, por exemplo. Eles apresentaram um plano de biossegurança com justificativas para manter o funcionamento e prometeram doar 80 kits para montagens de leitos de UTI adulto no Estado.

Conforme informações do secretário de Estado de Saúde, o plano de biossegurança para a unidade instalada no município distante a 233 quilômetros de Campo Grande, foi apresentado na terça-feira (19) pelo presidente do grupo, Wesley Batista Filho.

O secretário não detalhou o plano, mas disse ter ficado feliz ao receber a resposta que os pedidos de readequação feitos pela pasta serão cumpridos. Ele comemorou ainda a compra de 80 kits para montagem de leitos de Terapia Intensiva que será realizada pelo grupo.

A SES já enviou a lista dos hospitais onde os leitos serão instalados. Dentre eles, Naviraí, Maracaju, Campo Grande e Dourados, onde está instalada uma das plantas da JBS.

Resende não confirmou quantos funcionários diagnosticados com o covid-19 trabalham na unidade, mas resumiu os casos como “expressivos”. “Estamos tomando todas as medidas junto com a empresa para que contenhamos esse surto e não tenhamos um prejuízo econômico incalculável . A gente sabe o que representa para a economia de Dourados essa empresa”, declarou.

Segundo o secretário não dá para saber ao certo o número de casos porque as secretarias municipais, responsáveis pela contagem, repassam os dados sem detalhamento. Apesar de concordar com o funcionamento da unidade em meio ao período de pandemia, Resende reconheceu que evitar a propagação do vírus em um ambiente como aquele não é fácil.

“É um ambiente onde as pessoas trabalham em baixa temperatura, muito próximas. Pelo barulho que tem elas tem que gritar. Isso faz com que os perdigotos [gotículas] que saem da nossa saliva com o vírus possam alcançar uma distância muito maior. Além disso há a troca de turnos, com 1500 pessoas entrando em cada turno como nessa unidade lá”, declarou.

O modo como a unidade vai resolver essas questões para manter o funcionamento não foi detalhado.

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