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Garoto que afundou em cachoeira é 58ª vítima de chuvas em Minas

Foto: divulgação/Defesa Civil de Minas Gerais Foto: divulgação/Defesa Civil de Minas Gerais

Bombeiros encontraram ontem (3) à tarde o corpo do menino de 10 anos que foi arrastado pelas águas enquanto visitava, com a família, a cachoeira Ponte Quebrada, na cidade de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte. Esta é a 58ª morte registrada desde o dia 24 de janeiro, em consequência das chuvas que atingem o estado.

Segundo o tenente Sandro Aluisio Matilde Júnior, o garoto foi arrastado no fim da tarde de ontem (2). Aproveitando as águas aparentemente tranquilas, a família tentava passar de uma margem à outra da cachoeira quando foi surpreendida pelo repentino aumento do nível d´água. Além disso, segundo o tenente, há, submerso, um desnível, uma espécie de buraco, onde o garoto pode ter afundado.

“O volume d´água aumentou e a força da correnteza que se formou pegou a família de surpresa. O restante da família conseguiu sair, mas o garoto afundou e, como a água estava turva, ninguém viu se ele foi arrastado”, contou o tenente à Agência Brasil. Segundo o militar, o corpo foi encontrado próximo ao local e será levado para o Instituto Médico-Legal. O nome do menino não foi divulgado.

Além das mortes, as fortes chuvas que atingiram Minas Gerais e outras localidades da região Sudeste nas últimas semanas causaram prejuízos em muitas cidades. Hoje, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério do Desenvolvimento Regional, reconheceu a situação de emergência em mais 95 cidades de Minas Gerais. Com isso, já chega a 196 o total de municípios mineiros cuja situação de emergência foi reconhecida pelo governo federal.

Com o reconhecimento federal da gravidade da situação, os gestores municipais podem contratar serviços temporários e efetuar compras consideradas essenciais sem a obrigação de realizarem processo licitatório. O reconhecimento federal também permite às prefeituras pedir recursos da União para ações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução.

Além disso, os moradores de áreas afetadas diretamente prejudicados podem acessar mais facilmente alguns benefícios sociais e auxílios, inclusive financeiros, oferecidos pelos governos municipais, estaduais e federais. Um exemplo é o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), no limite máximo de R$ 6.220 por trabalhador.

Investimentos e doações A Fundação Banco do Brasil se comprometeu a investir R$ 2 milhões em projetos sociais desenvolvidos nas comunidades mineiras afetadas por enchentes. O valor a ser repassado a cada cidade não deverá ultrapassar R$ 40 mil.

Já as contas abertas para receber doações às vítimas das consequências das chuvas em Minas Gerais e no Espírito Santo superam os R$ 384 mil. Em Minas Gerais, foram arrecadados R$ 248.609,24. No Espírito Santo, as doações já somam R$ 135.601,16.

As doações podem ser feitas nas seguintes contas: Agência 1607-1, conta 70.000-2, para o Espírito Santo, e conta 80.000-7, para Minas Gerais. O doador deve digitar o CNPJ 01.641.000/0001-33.

A aplicação dos recursos pode ser acompanhada pela internet, com detalhamento do volume total recebido e dos valores investidos, por estado e por município. 

Segundo a assessoria do banco, os repasses já contemplaram comunidades de onze municípios de Minas Gerais (Divino, Espera Feliz, Alto Jequitibá, Manhumirim, Matipó, Luisburgo, Carangola, Raul Soares, Caparaó, Muriaé e Orizânia) e quatro do Espírito Santo (Rio Novo do Sul, Iconha, Vargem Alta e Iúna).

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