Produto deveria ser encontrado a um valor médio de R$ 105 na Capital
O preço médio do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha, deveria estar mais barato ao consumidor, mas ficou mais caro nas últimas semanas. A Petrobras anunciou no dia 12 de setembro corte de 4,7% o preço do produto, o que reduziria o valor do produto ao consumidor em R$ 2,60 por botijão, em média. O Campo Grande News conferiu preços em 14 estabelecimentos da Capital nesta terça-feira (20). Dentre esses, a maior parte, quatro revendedoras, comercializam atualmente o gás por R$ 130.
Outras três lojas vendem o produto a R$ 120, duas a R$ 118 , quatro a R$ 115 e apenas um a R$ 110, mas o preço é promocional, portanto, pode sofrer alteração a qualquer momento.
Em levantamento feito pela reportagem no mês de julho deste ano, 11 estabelecimentos foram contatados. A maior parte daqueles verificados, cinco, vendiam o produto a R$ 115 na época. Outros dois vendiam a R$ 105, dois a R$ 110, um a R$ 125 e outro a R$ 130.
O GLP custa mais de R$ 100 desde junho de 2021, já que em maio do ano passado o botijão tinha o valor médio de R$ 95 na Capital, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Depois dessa data, nunca mais o produto foi vendido por menos que R$ 100.
Como deveria ser - Ainda de acordo com levantamento de preços da ANP, em agosto deste ano o item chegou a custar R$ 145 em várias distribuidoras de Campo Grande, sendo comercializado ao preço médio de R$ 108,44.
Na semana que antecedeu o reajuste, de 4 a 10 de setembro, o preço médio do vasilhame de 13kg na cidade era de 107,57, sendo o valor máximo encontrado nos comércios pesquisados foi de R$ 125. Sendo assim, o produto deveria ser encontrado a um valor médio de R$ 105 na Capital, ou R$ 122 na comparação com o valor máximo, o que não está sendo praticado em muitos comércios.
Para explicar a inexistência de mudança nos valores praticados, logo depois do anúncio da redução de preços nas refinarias, a Abragás ( Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP) emitiu nota afirmando que "possivelmente os consumidores não perceberão redução nos preços, devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento". O trecho foi divulgado na Folha de S. Paulo.
Já o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), afirmou, também à Folha de S. Paulo, que os preços "são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado. É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência.”
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