COMBUSTÍVEIS

Gasolina deve passar de R$ 6, preço do diesel não vai cair

Novo aumento vale a partir de hoje; no ano, gasolina acumula alta de 50% e óleo diesel de 39%

POSTOS. Preço dos combustíveis ao consumidor está cada dia mais alto e pesando no custo de vida - Foto: Álvaro Rezende POSTOS. Preço dos combustíveis ao consumidor está cada dia mais alto e pesando no custo de vida - Foto: Álvaro Rezende

Mesmo com o novo aumento no preço dos combustíveis anunciado ontem pela Petrobras, o preço do diesel – que teve os impostos federais zerados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), – deve se manter estável ou sofrer um leve reajuste. Já o preço da gasolina na bomba para os proprietários de carro em Campo Grande pode ultrapassar o valor de R$ 6.  

O aumento de 8,8% no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras e de 5,5% no preço do diesel será válido a partir desta terça-feira (9). No ano, o preço do litro da gasolina no atacado já acumula alta de 50,4% e o do óleo diesel de 39,4%.  

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de MS (Sinpetro), Edson Lazarotto, explicou que, com o reajuste atual, o preço da gasolina deve ficar, em média, R$ 0,23 mais caro nas bombas, e o do diesel, R$ 0,15. “Estamos aguardando como o mercado vai se comportar”, explicou.  

No caso da gasolina comum, que vinha apresentando em Campo Grande um preço máximo de R$ 5,62 e médio de R$ 5,38, conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro do combustível deve ultrapassar o valor de R$ 6.  

Este é o sexto aumento no preço dos combustíveis praticado pela Petrobras neste ano. A alta é motivada por uma combinação que envolve o preço do barril de petróleo no mercado internacional, e a política de paridade de preços com as refinarias norte-americanas (sem levar em consideração o custo de produção em reais, no Brasil), tudo isso somado à variação do dólar, que tem ganhado força ante o real.  

Foram esses sucessivos aumentos que motivaram o presidente da República, Jair Bolsonaro, a tirar Roberto Castello Branco da presidência da estatal e indicar o general Joaquim Silva e Luna para a função.    

O presidente tomou tal decisão, assim como a de zerar tributos como Cide e PIS/Cofins do diesel (e também do gás de cozinha), pressionado pela classe trabalhadora e pelos caminhoneiros. DIESEL

No caso do óleo diesel, o preço, que era para cair, em média, R$ 0,30 em Mato Grosso do Sul depois que Bolsonaro zerou os tributos, deve continuar estável, isso porque o aumento da semana passada impactou em aproximadamente R$ 0,15 no preço do combustível, e o anunciado ontem em mais R$ 0,15.  

O preço máximo do diesel na Capital, conforme a ANP, é de R$ 4,41, enquanto o preço médio do combustível é de R$ 4,24. No interior do Estado, as médias de preço aumentam.  

Sobre a necessidade de observar o comportamento do mercado informada pelo presidente do Sinpetro, ela se dá por causa de outras medidas para atenuar o aumento: o congelamento da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina e do diesel anunciado pelo governo do Estado também na semana e o livre mercado. É possível que estas variáveis influenciem, ainda que timidamente, no preço dos combustíveis.

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