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Geraldo apoia asfalto, mas cobra ações na saúde e educação para a Reserva Indígena

Na Câmara Municipal, comunidade indígena solicita asfalto nas principais vias das aldeias e documento recebe apoio de trinta e cinco entidades douradenses - Crédito: Valdenir Rodrigues Na Câmara Municipal, comunidade indígena solicita asfalto nas principais vias das aldeias e documento recebe apoio de trinta e cinco entidades douradenses - Crédito: Valdenir Rodrigues

O deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) assumiu compromisso de, junto com os demais integrantes da bancada federal de Mato Grosso do Sul, viabilizar recursos para a pavimentação asfáltica de vias internas da Reserva Indígena de Dourados. O parlamentar disse, porém, que há outras prioridades que precisam ser atendidas com urgência pelo governo federal, nas áreas de saúde, educação, segurança e assistência social.

Na segunda-feira (19), lideranças indígenas realizaram um ato na Câmara de Vereadores de Dourados, solicitando a implantação de asfalto numa extensão de trinta quilômetros, nas aldeias Jaguapiru e Bororó, cujo pedido foi entregue para o coordenador da bancada federal, deputado Vander Loubet (PT-MS). O abaixo-assinado recebeu apoio de 35 entidades douradenses.

Para Geraldo Resende, a pavimentação asfáltica é importante porque propicia trafegabilidade dentro das aldeias mesmo nos dias de chuva. Porém, a questão da falta de água nas aldeias, a precariedade das Unidades Básicas de Saúde e a falta de vagas no ensino médio e o déficit habitacional são, problemas que precisam ser atacados com a máxima urgência pelo Governo Federal.

“Desde que cheguei em Brasília, neste mandato, tenho feito inúmeras interlocuções junto aos ministérios da Saúde, Educação e Relações Institucionais, obtendo o compromisso de ações nessas áreas, mas até o momento, elas não aconteceram”, afirmou o parlamentar.

Água e saúde

A falta de água potável na Reserva Indígena de Dourados é problema antigo e continua, afirma Geraldo Resende, apesar de haver um projeto muito bem elaborado pelo Governo do Estado, orçado em R$ 44 milhões, que deveria ter sido contemplado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no ano passado, o que acabou não acontecendo.

Em relação à saúde, a precariedade, aponta o parlamentar, é vergonhosa, havendo Unidades Básicas de Saúde na Reserva Indígena de Dourados que sequer têm geladeira para a conservação de vacinas, isso sem falar na estrutura, com infiltração de água e instalação elétrica danificada, telhado deteriorado, etc., “apesar de haver compromisso, desde o ano passado, de se construir duas novas unidades básicas de saúde na Reserva, uma na Aldeia Bororó e outra na Jaguapiru, para substituir as estruturas que existem atualmente”.

Sobre o SAMU Indígena, Geraldo Resende lembrou que se trata de um projeto ao qual se dedicou, ainda como secretário estadual de Saúde, inclusive viabilizando viabilizou uma ambulância, e que segundo a SESAI ainda neste mês de agosto deverá ser lançado.

Outras demandas

O deputado afirma ainda que no setor educacional não é diferente, diante de uma situação que tem levado aos piores índices de educação nas aldeias de Dourados, não sendo diferente de outras partes do país.

Na questão habitacional, apesar de ter conseguido a construção de 300 casas nas aldeias Jaguapiru e Bororó, Geraldo Resende aponta a necessidade de criação de um programa para suprir o déficit habitacional na comunidade indígena, para a qual há 15 anos não existem programas de habitação.

“Assumo o compromisso de trabalhar junto com a bancada federal na viabilização do pleito da pavimentação asfáltica, que agora está em pauta, mas conclamo a todos os demais membros da bancada federal para apoiarem as outras lutas que travamos em Brasília em favor da comunidade indígena douradense”, finaliza Geraldo Resende. 
 

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