Para o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), produtores rurais devem ser indenizados pela terra nua e benfeitorias. Assim, o impasse gerado pela demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul será resolvido.
"O conflito é muito ruim. Conseguimos com que a presidenta Dilma Rousseff (PT) liberasse o Exército, que vai descer para a região e criar zona para proteger índios e produtores, mas a solução definitiva depende de que a União adquira aquelas terras e indenize a terra nua e benfeitorias", pontuou Azambuja, durante a Caravana da Saúde em Nova Andradina.
Diálogo com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Defesa, Jaques Vagner, seriam constantes no intuito de sair do aspecto "simpatia" para "ação efetiva" que resulte na redução do conflito.
Azambuja pontuou ainda que a presença do Exército, intermediada pela bancadas de deputadores e senadores, colabora para organizar a segurança em área tão sensível como a fronteira com o Paraguai. Isso porque haveria suspeita da atuação de guerrilhas paraguaias em meio ao conflito em Antônio João.
TENSÃO
Depois da morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, no sábado (29) o clima continua tenso em cinco fazendas da região. Proprietários de ao menos duas delas conseguiram voltar para as sedes das propriedades, mas os índios continuam nas terras monitoradas pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Força Nacional, Exército e Fundação Nacional do Índio (Funai).
Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito. No final da semana passada, indígenas invadiram fazendas e fizeram famílias de produtores reféns. Houve bloqueio de rodovias e enfrentamentos. Reunião estratégica das forças de segurança, no entanto, pretende aprofundar as ações a serem tomadas no local na segunda-feira (31).
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