Considerando que os servidores administrativos da educação estão “politizando” a discussão envolvendo reajuste salarial deste ano, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou na tarde desta segunda-feira (9), após evento no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, que vai à Justiça para impedir a greve desses servidores. A intenção, segundo ele, é impedir que os efeitos da discussão salarial prejudique os estudantes.
A greve dos administrativos foi decidida na sexta-feira (6) em assembleia na sede da Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, com início previsto para terça (10). Eles se posicionaram contra a proposta de correção de 3,04% –a média salarial da categoria seria de R$ 1,3 mil.
Serviços de limpeza, merenda e secretaria escolar podem ser prejudicados com a paralisação. “Não tem porque parar as escolas, é inconcebível. Essa categoria recebeu um dos maiores reajustes quando demos o abono, que chegou a 17% dos vencimentos”, afirmou o governador, reforçando ainda haver o indicativo de que uma das exigências da categoria –a incorporação do abono salarial de R$ 200 aos vencimentos – será atendida em maio de 2019. “É algo totalmente político”, emendou.
Reinaldo afirmou que a primeira ação do governo será buscar a decretação da ilegalidade da greve nas vias judiciais. “E se mantida a greve, mesmo com decisão judicial, vamos buscar para que o aluno não sofra. O governo tem de manter a regularidade dos serviços dentro das escolas”, emendou o governador.
Ainda segundo o chefe do Executivo estadual, o governo manterá abertas as negociações envolvendo o concurso público para administrativos da educação, previstas para serem conduzidas nesta semana abarcando o número de vagas. Até o momento, está certa a realização de processo seletivo envolvendo mil vagas de professor –conforme reiterado por Reinaldo nesta tarde.
Concessões – Além da incorporação do abono a partir de 2019, o governo previu o reajuste de 3,04% e a concessão de auxílio-alimentação de R$ 100 –que representariam ganho de aproximadamente 10%. A proposta foi apesentada pela Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização à Fetems e ao Sinfae-MS (Sindicato dos Funcionários Administrativos da Educação do Estado).
Parecer da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) informou que não haveria a possibilidade legal de garantir a incorporação neste ano. Ao mesmo tempo, o governo sustenta ter atendido a todas as reivindicações da categoria (incluindo o concurso) e que nenhum servidor recebe menos que o salário mínimo (R$ 954), embora a tabela da categoria indique esse valor como inicial da carreira.
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