GREVE DOS CAMINHONEIROS

Governo diz caminhar para normalização, mas há mais de 500 bloqueios pelo país

37 inquéritos já foram abertos para comprovar o crime de locaute e empresários devem ser intimados a depor nos próximos dias

Reunião entre o presidente Temer e ministros ocorreu na tarde deste sábado (26) Divulgação Reunião entre o presidente Temer e ministros ocorreu na tarde deste sábado (26) Divulgação

Após a segunda reunião de avaliação da crise do abastecimento no Palácio do Planalto com o presidente Michel Temer, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann e o general Sérgio Etchegoyen, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência do Brasil fizeram uma avaliação do movimento.

Segundo eles, os manifestantes cumpriram as exigências, apesar de uma minoria que descumpriu o acordo firmado por suas lideranças. Jungman ainda complementou afirmando que "Nenhuma classe pode tornar o país refém"

O general Etchegoyen esclareceu que a crise caminha para a normalização, mas os dados apresentados por Jungman posteriormente demonstram que, apesar do avanço, pouco menos de 50% dos bloqueios foram liberados. Ao todo, 566 vias seguem com interdições parciais, enquanto 524 foram liberadas por todo o Brasil. São Paulo é o estado com maior número de bloqueios liberados, com 97%. 

Durante a coletiva, Etchegoyen disse que não há data prevista para a normalização da situação. Segundo os ministros, a prioridade do governo é retomar a circulação de veículos para garantir o transporte de insumos para a saúde. Segundo eles, o Sistema Nacional de Transplantes foi afetado, com a perda de órgãos por falta de transporte para pacientes.

Outra prioridade do Governo é liberar as vias que chegam a aeroportos, já que e as termoelétricas também estão com situação próxima do funcionamento normal.

Como anunciado anteriormente, o governo segue apurando a possibilidade de locaute por parte de alguns empresários. Já foram abertos 37 inquéritos, em que proprietários de transportadoras e distribuidoras devem depor para a comprovação do delito, em que orientem e incentivam a paralisação em busca de vantagens para o setor.

Ainda segundo os ministros, já foram expedidos 400 autos de infração a caminhoneiros pela Polícia Rodoviária Federal, somando R$ 2,03 milhões.

Os ministros também confirmaram que as Forças Armadas estão disponibilizadas para requisitar veículos de carga para transporte de materiais essenciais, no esforço de reestabelecer a normalização do abastecimento, como divulgado mais cedo.

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