A Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a Sefaz (Secretaria de Fazenda) representaram o Governo do Estado na primeira reunião do grupo de trabalho que irá fomentar a produção de energia solar fotovoltaica em Mato Grosso do Sul, realizada nesta quarta-feira (3), na Fiems.
O grupo é composto pelo Governo do Estado, Fiems, Famasul, Fecomércio e conta com o auxílio da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). O objetivo é transformar o Estado em um ambiente mais favorável para o uso e mercado dessa fonte de energia, promovendo os ajustes necessários para o crescimento do setor.
“A Absolar nos apresentou as soluções e propostas da associação já implantadas em outros Estados para estruturar o programa em Mato Grosso do Sul, algumas estão relacionadas à esfera federal. No âmbito do Governo do Estado já tivemos avanços na legislação e também no que se refere ao FCO, com recursos específicos para o financiamento de projetos nesse segmento”, comentou o superintendente de Indústria e Comércio da Semagro, Bruno Bastos, que participou da reunião.
Segundo o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, Mato Grosso do Sul ocupa a 11ª posição no ranking de geração de energia solar fotovoltaica, com 14, 2 Megawatts de projetos já desenvolvidos na geração distribuída e, com algumas práticas a serem implementadas, pode se tornar líder do mercado nacional. “Cabe destacar que o Estado tem um potencial elevadíssimo para o uso da energia solar fotovoltaica, o que pode ser um veículo para redução de custo e aumento da competitividade não só dos empresários dos mais diversos setores, mas também para ajudar a reduzir os gastos do poder público, que pode usar essa tecnologia em hospitais, postos de saúde, e outras edificações”, pontuou.
Ele acrescenta que a população como um todo também pode se beneficiar, aliviando o orçamento das famílias, que podem gerar uma energia mais barata em casa. Entre as mudanças propostas, elenca o presidente da Absolar, estão alguns ajustes tributários, promoção do acesso a financiamentos para que a população em geral consiga adquirir essa tecnologia; procedimentos aprimorados de licenciamento ambiental, auxiliando na agilização dos projetos e, ao mesmo tempo, respeitando o meio ambiente e capacitação dos profissionais e empresários para atuar no mercado de energia solar fotovoltaica.
O presidente da Fiems, Sérgio Longen, explica que o programa de fomento da cadeia produtiva do setor fotovoltaico faz parte das ações da federação: “Entendo que as fontes de energia alternativa representam uma demanda mundial, não somente pela questão da energia limpa, mas também por causa da grande discussão que existe hoje em torno do custo da energia para empresários da indústria, rurais e do comércio e para os consumidores residenciais. O que Mato Grosso do Sul precisa é de um programa estruturado, que agora está sendo construído a quatro mãos e com apoio da Absolar, que nos trouxe propostas muito interessantes que deram certo em outros Estados”, finalizou Longen.
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