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Governo rejeita a ideia de jogos do paulistão serem disputados em MS

Após consulta informal da federação de futebol local, governo descartou possibilidade

Além do caos na saúde, governo alega que o estado não possui estádios aptos a receber jogos de alto rendimento (Foto: Marcos Maluf/Arquivo) Além do caos na saúde, governo alega que o estado não possui estádios aptos a receber jogos de alto rendimento (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Após Federação Paulista de Futebol sondar Mato Grosso do Sul como sede de partidas do Campeonato Paulista 2021, o diretor-presidente da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul), Marcelo Miranda, informou ao Campo Grande News que o Estado não está disposto a receber os confrontos.

Sem contrapartida financeira e com os índices de covid em Mato Grosso do Sul nas alturas, o presidente rechaçou a proposta que foi ventilada após os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro se negarem a receber os jogos paulistas.

“A Fundesporte é contraria a vinda de jogos paulista para o Estado, pois não existe vantagem nenhum para gente em sediar esses jogos. Ainda estamos vivendo uma pandemia, sabemos que os torcedores sul mato-grossenses são muito fanáticos por clubes paulistas e isso pode gerar aglomeração em volta de hotéis e estádios para recepcionar jogadores. Além disso jogos com portões fechados não traz retorno financeiro para o Estado”, garante o presidente.

O governo de Mato Grosso do Sul confirma que foi procurado informalmente pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul para tratar sobre a possível vinda dos jogos paulistas para o Estado, mas assim como a fundação de esportes se mostrou contrária a realização de jogos em solo sul-mato-grossense enumerando os motivos.

“Primeiro porque estamos em emergência sanitária com UTIs colapsada e segundo porque não temos estádios para jogos de alto rendimento”, informou o Governo de MS.

Após a discussão informal com o governo do estado, o presidente da federação de futebol sul-mato-grossense, Francisco Cesário de Oliveira, garantiu que “somente terá sequência na conversa se houver sinal do presidente da Federação Paulista”.

O estado de São Paulo anunciou no dia 11 de março a restrição completa de atividades esportivas coletivas, incluindo partidas de futebol, no estado. A medida faz parte da fase emergencial do Plano São Paulo, com mais restrições no combate à pandemia da covid-19. Desta forma, o Paulistão ficará paralisado até o dia 30 de março, quando encerra o decreto emergencial.

Em nota divulgada na noite de ontem (16), a Federação Paulista de Futebol informou que após reunião com os 16 clubes que disputam o paulistão, árbitros e treinadores e sindicatos, está trabalhando em conjunto com a CBF, com outras Federações e autoridades locais a transferência de partidas em outros Estados.

Além disso, alegou que a partir da falta de argumentos científicos e médicos que sustentem a paralisação das rodadas neste momento, estuda a possibilidade de judicialização do caso para garantir a continuidade da competição no estado de São Paulo mesmo no período de fase emergencial.

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