Seis policiais paraguaios foram expulsos neste domingo, dia 03 de setembro, de área dominada pelo narcotráfico na fronteira com Mato Grosso do Sul. Um deles levou tiro na mão esquerda. Segundo os policiais, a gangue tinha entre 30 e 40 homens, todos armados.
Segundo o site Campo Grande News, o ataque ocorreu perto do povoado de Yby Pitã, no departamento (equivalente a estado) de Canindeyú. A região fica próxima dos municípios de Sete Quedas e Paranhos, em Mato Grosso do Sul.
Segundo a polícia paraguaia, o bando é liderado pelo narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, o “Macho”, um dos cinco bandidos mais procurados daquele país.
Com longa ficha criminal e condenado a 25 anos pelo assassinato de um pecuarista em 2005, ele está foragido desde 2017 após ser beneficiado com prisão domiciliar por recomendação médica.
“Macho” é dono de área de 150 hectares localizada na região onde ocorreu o ataque. Segundo a polícia, ele utiliza mão de obra indígena para cultivar maconha na fazenda. A quadrilha também é apontada como responsável por sequestros e assaltos na linha internacional.
A Polícia Nacional informou que mandou contingente de 150 homens para prender a gangue de “Macho” e esclarecer a situação. Os seis policiais expulsos do local são do Departamento de Investigações e alegam que estavam a trabalho quando foram descobertos.
Entretanto, a versão deles não convenceu o comando da corporação. Nesta segunda-feira (4), o subcomandante da Polícia Nacional, comissário Ramón Morales, informou que a história contada pelos agentes é duvidosa.
Segundo ele, existe suspeita de que os policiais foram ao local para extorquir Felipe Santiago Acosta Riveros. Recentemente, o traficante espalhou informação de que todos os policiais de Canindeyú estariam em sua “folha de pagamento”.
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