Conhecer a origem das comunidades e a própria cultura regional destas é o trabalho de muitos historiadores. Um dos responsáveis por este serviço aqui no Estado, Douglas Alves da Silva, de 36 anos, funcionário da Fundação de Cultura de MS, relata no mês em que se comemora o Dia Nacional do Patrimônio Histórico (17), a tarefa desenvolvida para a preservação de objetos, espaços, enfim dos bens culturais de um povo.
Guiado pela própria carreira que foi construindo ao longo dos anos, Douglas Alves, que já atuou também como professor de história, é servidor desde 2003. Sua aproximação com temáticas que envolvem a cultura, a história local e os vários grupos que formaram nosso Mato Grosso do Sul, fez dele um profissional comprometido dentro do seu âmbito de trabalho.
“Atualmente atuo como Historiador do Arquivo Público Estadual de MS, unidade que faz parte da estrutura da Fundação de Cultura de MS. No Arquivo, atendemos demandas da comunidade externa, tanto no atendimento a pesquisadores, quanto aos servidores aposentados. Atendemos também escolas e faculdades com ações voltadas à educação patrimonial. No serviço interno realizado, trabalhamos com a preservação, acondicionamento e catalogação de documentos históricos de nosso Estado”, relata o servidor.
Conforme o historiador, o processo de registro/tombamento de bens considerados patrimônio cultural do Estado deve obedecer aos trâmites dispostos na Lei nº 3.522/2008. Desta forma, após aberto o processo, procede-se o levantamento e organização da documentação exigida na legislação mencionada pelo órgão responsável, por meio de sua Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural, com a emissão de pareceres técnicos que observam a relevância do bem cultural em análise.
Ainda de acordo com o servidor, após essa etapa, o material é submetido à apreciação do Conselho Estadual de Cultura, o qual emitirá parecer que pode ser pela anulação, rejeição ou homologação do processo, o qual é posteriormente publicada pela Fundação de Cultura em Diário Oficial. Só depois de concluída esta etapa, o processo é encaminhado ao governador do Estado para edição de decreto de registro/tombamento como Patrimônio Cultural do Estado.
“Estes aspectos foram e ainda são muito importantes para compreender a formação cultural e identitária da sociedade que se observa. A salvaguarda destes aspectos e particularidades é importante, desta forma, para que as gerações futuras tenham base e conhecimento quanto à nossa história e cultura regional”, finaliza ele.
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