Brasil

Homem executado a tiros de fuzil e pistola tinha matado adolescente em 2018

Joari de Lima foi morto por balas de dois calibres diferentes de fuzil e de 9 mm

Mulher ajoelhada ao lado do corpo de Joari; ele foi executado hoje em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas) Mulher ajoelhada ao lado do corpo de Joari; ele foi executado hoje em Ponta Porã (Foto: Direto das Ruas)

O homem executado nesta terça-feira (8) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, tinha assassinado um adolescente de 16 anos em maio de 2018, na mesma cidade. Com antecedentes também por ameaça e disparo de arma de fogo, ele saiu da cadeia em junho deste ano em função da pandemia do novo coronavírus.

A polícia ainda não sabe quantos pistoleiros participaram da execução e nem o número exato de tiros que acertaram Joari, mas foram muitos. O crime ocorreu na Rua da Infância, no Jardim Ivone, região norte da cidade.

De acordo com policiais da cidade, Joari estava na varanda da casa acompanhado da mãe e da mulher. Ao ver uma SUV Trailblazer branca com placa do Paraguai dobrando a esquina, ele sabia que seria alvo de ataque e ainda tentou fugir se escondendo atrás de uma árvore no quintal.

A caminhonete parou em frente à casa e desceram vários homens armados que dispararam dezenas de tiros na direção do ex-presidiário. Atingido por tiros no corpo e na cabeça, ele morreu na hora.

Segundo a polícia, no local foram encontrados cartuchos deflagrados de fuzil calibres 7,62x39mm e 5,56x45mm e de 9 milímetros, indicando que pelo menos três armas diferentes foram usadas no ataque.

Matou adolescente – Em 6 de maio de 2018, Joari de Lima foi preso em flagrante horas após matar o adolescente César Moreno Ortellado a tiros de pistola calibre 9 milímetros.

No local do crime, testemunhas informaram aos policiais militares que o autor tinha fugido, mas sabiam de quem se tratava. O próprio adolescente, antes de morreu, falou o nome de Joari a uma das pessoas que tentavam socorrê-lo.

Ele foi localizado nas imediações da Rua dos Engenheiros, no mesmo bairro onde foi assassinado hoje. Quando viu a viatura, Joari tentou fugir, mas foi preso em flagrante com uma pistola 9 milímetros de fabricação argentina carregada com 14 munições intactas.

Reconhecido pelas testemunhas, ele ficou preso até junho deste ano. No dia 3 daquele mês, o juiz da 1ª Vara Criminal de Ponta Porã, Marcelo Guimarães Marques, contrariando parecer do Ministério Público, revogou a prisão preventiva.

Na decisão, o magistrado citou que já tinham se passado quase dois anos de prisão e o fato de que o julgamento ainda não tinha sido designado devido às medidas adotadas contra a propagação do novo coronavírus.

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