Júlio Cesar Miranda dos Santos, 39 anos, foi condenado a 24 anos de prisão por matar a ex-esposa Adriana Pereira. O crime aconteceu no dia 23 de julho deste ano em Anastácio, cidade localizada na região do Pantanal, e o autor passou por julgamento nesta terça-feira (7), na mesma cidade.
O júri começou por volta das 14 horas de ontem e durou aproximadamente sete horas. Familiares e amigos de Adriana estiveram presentes na sessão, alguns vestindo camiseta estampada com a foto da vítima e pedindo justiça. A arma usada no crime foi apresentada pelo promotor Marcos Martins de Brito, responsável pela acusação.
Durante seu depoimento ao juiz Luciano Pedro Beladelli, o autor pediu perdão aos familiares da vítima e confessou ter feito os disparos que mataram Adriana. A defesa do réu foi feita pela defensora pública Sara Cursino.
A sessão terminou por volta das 21 horas de ontem e Júlio Cesar foi condenado a 24 anos de prisão por feminicídio. O regime inicial para cumprimento da sentença é o fechado.
O crime
Adriana Pereira foi assassinada por Júlio na frente da filha da vítima, de apenas 9 anos de idade. De acordo com a delegada Karolina Souza Pereira, titular da delegacia de Anastácio e responsável pelo caso, a vítima estava fechando o comércio da família, por volta das 14h30 de domingo, quando foi surpreendida pelo ex-marido.
Ele entrou no local e efetuou cinco tiros contra Adriana, que foi socorrida às pressas pelo cunhado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no pronto-socorro da cidade. Júlio fugiu e até o momento não foi encontrado. A Polícia Civil solicitou prisão preventiva contra ele.
Dois dias depois do crime, Júlio se entregou à polícia e após prestar depoimento foi encaminhado para presídio. Na ocasião, ele afirmou que cometeu o crime por ter sido chamado de corno pela vítima e acabou ficando revoltado. O homem chegou a negar que a filha do casal estava no local e disse que após a discussão com a vítima, atirou e saiu andando.
No dia cinco daquele mês, Adriana já havia procurado a delegacia para registrar que Júlio teria descumprido medida protetiva. Na ocasião, ela relatou que saiu da casa de uma amiga e foi seguida pelo homem. Ele então emparelhou o carro com o veículo da vítima e teria dito que a mulher não prestava e não aceitava a separação.
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