O agressor, de 35 anos, foi preso em flagrante e amanhã vai passar por audiência de custódia
A idosa de 74 anos, resgatada da casa onde era mantida presa e acorrentada pelo próprio filho, de 35 anos, ainda quer continuar morando com o agressor. Ele foi preso e passará por audiência de custódia na Justiça nesta sexta-feira (30), para definir se ficará preso esperando o andamento do inquérito ou se poderá responder em liberdade.
O flagrante aconteceu na madrugada desta quinta-feira (29), no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. Segundo a delegada que atendeu a ocorrência, Thais Duarte Miranda, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ao ser ouvida, a idosa ainda tentou proteger o filho. “Ela disse que não tem ninguém para cuidar dela e ainda gostaria de ficar morando com ele. A situação de vulnerabilidade acaba fazendo com que ela acredite que estando ele, ela tem alguém”, disse.
A polícia representou pela prisão preventiva do homem. “A gente aguarda que ele fique preso. E que essa senhora tenha assistência social necessária para que tenha uma velhice digna”, destacou. Conforme a delegada, o serviço de assistência social do município foi acionado para que dê o suporte necessário à idosa. O homem já tem passagem pela polícia por violência doméstica contra a mãe e por agressão a vizinhos. A idosa tem outro filho, mas que vive em Ponta Porã.
Caso - A Polícia Militar foi acionada por volta de 00h45 pelas vizinhas da idosa, que ouviram gritos e pedidos de socorro. Os policiais chegaram e encontraram o homem com uma faca em punho dando chutes na idosa, que estava caída no chão, na porta da casa.
Ele começou a ameaçar a mãe e os policiais de morte, tentando agredir a equipe da PM, quando foi contido, algemado e preso. Nesse momento as vizinhas contaram que a mulher sofria maus-tratos, tortura e vivia em condição deplorável com o filho, que é dependente químico. A idosa autorizou os policiais entraram no local e contou que era mantida presa e acorrentada.
Dentro da residência a PM encontrou muito lixo e fezes em todos os cômodos, não havia nenhum móvel, nem colchão e comida. Segundo a idosa, ela estava em cárcere privado há mais de dois meses. O homem é filho adotivo da vítima.
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