Homem teria passado o dia todo agredindo a companheira, de madrugada deu facada e mulher morreu
Preso acusado de matar a esposa espancada e com golpe de faca na virilha, Vitor Cardoso, de 68 anos, negou o crime e manteve a versão que apresentou para a Polícia Militar, primeira a chegar no local dos fatos na madrugada desta quarta-feira (8), de que Joana Darc Martins da Silva, de 40 anos, já havia chegado ferida em casa. O crime ocorreu em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande.
Vitor ainda tentou enganar a polícia, lavando o corpo da vítima e a cena do crime, no entanto, foi descoberto em suas contradições. "Nossa equipe desconfiou da história, estava muito errada", pondera a delegada da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Ponta Porã, Analu Ferraz.
Ele foi preso em flagrante e ouvido na delegacia, durante interrogatório, continuou mantendo a versão, mesmo sendo desmentida pela polícia. Segundo Vitor, por volta das 15 horas retornou da marcenaria onde estava trabalhando e ao chegar em casa, encontrou Joana Darc apenas de calcinha no quintal da casa, já ferida.
Vitor disse que a mulher alegou ter sido agredida na rua, sem indicar quem seria o autor. Ele alega que ela sangrou bastante e morreu, então só depois acionou o socorro.
O idoso nega ter sido o autor da agressão, no entanto, conforme a polícia, depoimento de testemunhas asseveram que ele espancou a mulher durante todo o dia e de madrugada, desferiu facadas na coxa da mulher, perto da virilha. Ainda, outras testemunhas contaram ter ouvido gritos de Joana durante a tarde.
Depois da morte, ele lavou o corpo da vítima e a casa. Joana Darc já havia registrado boletins de ocorrência contra Vitor. Conforme a delegada, o casal bebia muito e já tinha histórico na polícia. "Tanto por briga entre eles como por briga com terceiros", ponderou Analu.
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