A indústria de transformação de Mato Grosso do Sul apresentou o maior crescimento do país em 2018, conforme revelam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) compilados pela equipe técnica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Enquanto estados considerados potências industriais apresentaram crescimentos tímidos no setor (0,7% SP e 0,5% MG), a Indústria de Transformação de Mato Grosso do Sul alcançou taxa de 11,96% e assumiu o ranking nacional naquele ano.
“É uma excelente notícia para Mato Grosso do Sul. O maior crescimento da indústria de transformação mostra que a política industrial desenvolvida pelo nosso governo tem dado resultados concretos.
Os setores que mais contribuíram para esse crescimento foram de celulose, de carne (e aí estamos falando de bovinos, suinocultura e avicultura, que tiveram um forte crescimento) e também o setor de alimentos.
Então, mostra que a estratégia de agregação de valor às nossas matérias primas com uma política industrial de incentivos consistentes gerando resultados", ponderou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
Compreende-se por indústria de transformação aquela que transforma um material primário em um produto final ou em material destinado a outra indústria de transformação. Inclui-se nesse setor a maioria das atividades industriais, como os segmentos da indústria de alimentos, principalmente as carnes; a indústria de celulose, a indústria têxtil, de confecções e vestuário; e a produção da indústria de minerais não metálicos.
Portanto, os números demonstram uma aceleração importante do setor industrial de Mato Grosso do Sul nos últimos anos, impulsionado pelas políticas de incentivo do governo estadual, investimentos na logística e os esforços de promoção das potencialidades do Estado visando atrair novas empresas.
A soma de todas as riquezas geradas pela indústria de transformação no Estado em 2018 foi de R$ 12,095 bilhões. O que perfaz 13% do total do PIB de Mato Grosso do Sul daquele ano (R$ 106,9 bilhões).
Outro dado importante que mostra o vigor da indústria: o setor secundário (que compreende a atividade industrial) ampliou sua fatia no PIB de 2018, passando de 22,09% para 22,26%. No mesmo período o setor primário (agropecuária em destaque) reagiu consideravelmente, passando de 17,58% para 19,02% sua participação nas riquezas estaduais, aproveitando o bom momento para a produção de grãos no mercado internacional.
Dentro do setor da Agropecuária, destacam-se as atividades de silvicultura, extração vegetal e serviços relacionados, com crescimento de 18,4%, com destaque para a produção de madeira da silvicultura do eucalipto direcionado às indústrias de celulose da região de Três Lagoas.
Outro setor com reação importante foi da aquicultura, que apresentou crescimento de 7,0%, principalmente aquela direcionada às exportações - como é o caso da tilápia. Cabe destacar que em 2018 ainda não estavam em operacionalização plena projetos importantes nesse setor, como os empreendimentos da Geneseas e Tilabrás, instalados nas cidades de Aparecida do Taboado e Selvíria.
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