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Internações por covid na Capital são as maiores desde dezembro

Maior pico da doença, até o momento, foi em dezembro; apesar disso, taxa de ocupação de UTI's preocupa

Leito de terapia intensiva em hospital na Capital (Foto: Reprodução/Prefeitura) Leito de terapia intensiva em hospital na Capital (Foto: Reprodução/Prefeitura)

A procura por leitos de terapia intensiva em hospitais de Campo Grande tem preocupado autoridades em saúde, que preveem um colapso no sistema. Mesmo que em menor nível do que o pior índice apresentado, em dezembro, a situação de agora pode ser mais crítica devido a falta de profissionais de saúde para trabalharem em leitos.

A covid-19 nunca parou de fazer vítimas no Estado, e agora, com a detecção da nova cepa em território sul-mato-grossense, os casos podem vir a piorar.

“É um cenário muito difícil. Médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e demais servidores que manuseiam pacientes em leitos de UTI estão escassos. E muitos deles estão exaustos e apreensivos ao sair de casa e colocar a sua vida em risco", alertava o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, durante coletiva feita na semana passada.

Segundo ele, aglomerações nas ruas da Capital e em festas têm feito com que o vírus continue a se espalhar com facilidade, e continue levando pessoas para serem internadas em hospitais com problemas respiratórios.

Última atualização consolidada do painel Mais Saúde, até o fim da noite desta segunda-feira (8), indica que havia 206 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) especializados para casos de covid-19 e/ou SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) disponíveis, enquanto havia 213 pacientes regulados.

Ou seja, o monitor indica uma demanda maior do que o que as estruturas oferecem. Conforme apurado pela reportagem, esse sistema não considera leitos contratados na rede particular e os que não são habilitados oficialmente pelo Ministério da Saúde, seja por não atender todos os critérios exigidos, quanto pelo fato de ainda não terem sido oficializados.

O percentual de ocupação desses leitos estava ajustado em 103%, taxa muito semelhante à verificada em dezembro e no início de janeiro. No domingo (7), chegou a bater 105%. Esse número foi o maior desde 3 de dezembro, quando foi 106%.

Ainda conforme a plataforma, o dia mais crítico foi em 12 de dezembro, quando foi apontado uma ocupação de 123% dos leitos de UTI para covid-19.

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