Por Walter Ramos

Itaporã F.C, a alegria com prazo de validade.

Com a recente conquista do título de Campeão Estadual de Futebol da Série B de Mato Grosso do Sul, o Itaporã F.C, volta para um lugar de onde nunca deveria ter saído, a série A do estadual.

Agora em meio às comemorações, fica uma pergunta no ar, renasce a Fênix, ou será apenas um sopro de vida, apenas um breve respiro anunciando sua volta às cinzas?

Bom, ganhamos a série B e vamos disputar a série A: Sim ou não? A filósofa Sarah Westphal tem uma frase interessante sobre o que estamos vivenciando, ou seja, “ainda pior do que a desilusão de um não ou a incerteza de um talvez, é a desilusão de um quase”.

Quase subimos, quase vencemos, quase brilhamos... Quantas coisas aconteceram de 2008 para cá, quantos sorrisos e quantas tristezas, estamparam o rosto do torcedor ao longo destes 7 anos de fortes emoções.

Quando citei “renascimento da Fênix”, ave mitológica que ressurge das cinzas após sua morte, acredito que não errei na comparação, pois, a outra característica da Fênix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes.

Esta magia que envolve o time, irradiou pedidos de S.O.S, que foram prontamente atendidos pelo um paladino de nome Tony Montalvão, empresário que acreditou no potencial do I.F.C, sobretudo, trazendo em sua bagagem, coragem, credibilidade e gestão profissional.

Neste ano, quando até a participação no campeonato da segunda divisão era uma incógnita, a solução foi uma parceria com empresas que estivessem dispostas a gerenciar o clube, o que sempre foi visto com desconfiança dada as experiências anteriores do próprio Itaporã e de outros clubes.

Como relatou o jornalista Rogerio Vidimantas, a chegada da TNY Sports ao clube se mostrou a escolha mais acertada de uma diretoria que não tinha nenhum plano, a não ser desistir da disputa.

Pois bem, este plano “B” funcionou, só que, após a conquista do título, Tony se mostrou desiludido com a falta de apoio local, dizendo que, sem parcerias ficaria inviável disputar a série A. E agora José?

Agora ficamos na torcida para que tudo se resolva da melhor maneira, e que os deuses do futebol intervenham para que não amargamos mais um “quase”, mais uma decepção em ver o Itaporã F.C entregar a outro time aquilo que lhe é de direito e foi conquistado com muito esforço.

A gente torce, ama o futebol local, mais confesso que está difícil ver uma luz ao final do túnel. Será que manter um time de futebol em nossa cidade é algo impossível?

Antes de terminar este texto, o qual espero que as pessoas o leiam por inteiro, quero frisar que não estou associando essa responsabilidade ao poder público, pois sei que o município não tem obrigação de manter clube de futebol, e sim cuidar da saúde, educação, infraestrutura urbana e demais segmentos da administração. A quem possa interessar, fica a pergunta, vamos ficar fora da série A de novo?

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