O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot chamou internautas em uma rede social para se mobilizarem a favor da prisão após condenação em segunda instância. Ele subscreve manifesto que será entregue nesta segunda-feira (2) aos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) defendendo a manutenção do entendimento atual da corte, que permite a execução da pena após condenação em segundo grau.
"Vamos nos mobilizar? O momento é grave e importante", escreveu Janot, em sua conta no Twitter, na manhã deste domingo (1º).
O abaixo-assinado será entregue dois dias antes do julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o dia 4, que tenta evitar uma prisão após ser condenado em segunda instância a 12 anos e um mês no caso do tríplex.
Na noite de ontem, após saber que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, havia pedido ao STF para soltar os presos temporários da Operação Skala, Janot fez críticas a ela.
"Não teria sido o caso então de pedir condução coercitiva ao invés de prisão? Voltou a ser assim? E vai continuar sendo assim?", escreveu.
A condução coercitiva é quando o investigado é levado pela polícia para prestar depoimento. Um dos objetivos é evitar que se destruam provas durante um eventual cumprimento simultâneo de mandado de busca e apreensão.
No entanto, o ministro do STF Gilmar Mendes proibiu conduções coercitivas até que o caso seja analisado pelo plenário da Corte.
Esse teria sido o motivo que levou Raquel Doge a optar pela prisão temporária dos investigados. Se não tivesse havido o pedido dela para antecipar a soltura, eles deixariam a cadeia na segunda-feira (2).
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