Um japonês de 70 anos, que contraiu o novo coronavírus inicialmente no cruzeiro Diamond Princess, em fevereiro deste ano, foi novamente vítima do Covid-19. Duas semanas após se recuperar da doença em Tóquio e ser autorizado a voltar para casa em Mie, cidade da ilha de Honshu, o idoso foi infectado pela segunda vez.
Segundo a imprensa local, o paciente teve febre com temperatura acima de 39°C e foi diagnosticado com coronavírus pela segunda vez no último sábado. Antes dele, uma mulher japonesa já havia sido reinfectada pelo vírus, que é potencialmente mortal a idosos e pessoas com doenças crônicas.
Droga japonesa contra gripe
O Japão tem trabalhado duro para ajudar a criar uma vacina contra o Covid-19. As autoridades médicas da China disseram que um medicamento usado no país vizinho para tratar da influenza parece ser eficaz em pacientes com coronavírus. O medicamento se chama favipiravir.
Conforme o jornal inglês "The Guardian", o funcionário do ministério de ciência e tecnologia da China, Zhang Xinmin, disse que o Fujifilm Toyama Chemical produziu resultados encorajadores em ensaios clínicos em Wuhan e Shenzhen envolvendo 340 pacientes.
"Ele tem um alto grau de segurança e é claramente eficaz no tratamento", disse Zhang a repórteres na terça-feira.
Os pacientes que receberam o medicamento em Shenzhen deram negativos para o vírus quatro dias após se tornarem positivos, em comparação aqueles que não foram tratados com a droga em 11 dias, disse a emissora pública NHK.
Além disso, os raios X confirmaram melhorias na condição pulmonar em cerca de 91% dos pacientes tratados com favipiravir, em comparação com 62% ou naqueles sem a droga. A Fujifilm Toyama Chemical não quis comentar sobre os testes.
Médicos no Japão estão usando o mesmo medicamento em estudos clínicos em pacientes com coronavírus com sintomas leves a moderados, esperando que isso impeça a multiplicação do vírus nos pacientes. Mas uma fonte do Ministério da Saúde do Japão sugeriu que o medicamento não era tão eficaz em pessoas com sintomas mais graves.
As mesmas limitações foram identificadas em estudos envolvendo pacientes com coronavírus usando uma combinação dos anti-retrovirais HIV lopinavir e ritonavir, acrescentou a fonte.
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