Uma coisa é certa: Jesus era culto. Todavia, ninguém sabe o que ele fez até os 30 anos, idade em que ele se apresenta ao público. Recentemente, surgiram defensores de um suposto analfabetismo de Jesus (tese eivada de ideologia). Ele é capaz de debater os doutores da lei judaica, conhecia todos os textos do judaísmo, conhecia a cultura grega e pelo menos uma outra religião - o budismo. Há uma passagem em sua curta vida que merece atenção e é pouco conhecida: a que Jesus debate com um grupo de gregos. Sabendo que, para os gregos, a beleza corporal era fundamental e um critério de poder (como voltou a ser nos nossos dias), Jesus constrói a parábola da semente. Se a semente não apodrecer no solo e não for coberta por esterco, não brotará nem dará frutos. O oposto da estética preconizada pelos gregos.
Mas, afinal, Jesus era casado. Há uma grande quantidade de estudiosos da Bíblia, católicos e protestantes, que afirmam que sim. Era prática inconcebível para um judeu de seu tempo não ter família e descendência, já que o judaísmo é transmitido de mãe para filho. E com que ele teria se casado? Sem dúvida, caso efetivamente tenha se casado, Jesus desposou Madalena. Ela não era, para muitos estudiosos, prostituta nem endemoniada, como a igreja sustentou por muito tempo. Ela era culta e Jesus a ela confiava seus maiores segredos. Cumplicidade que despertava o ciúmes de Pedro: "Por que a ela e não a nós?", perguntava Pedro. Foi à Madalena que Jesus apareceu, em primeiro lugar, no dia da Ressureição, antes mesmo que surgisse para sua mãe. Pedro ficou perplexo com o ocorrido. As mulheres não eram dignas de confiança naqueles tempos. Não eram aceitas nem como testemunhas diante de um juiz. Tomás de Aquino, o doutor da igreja, faleceu sem entender como Jesus apareceu primeiro para Madalena e não para os apóstolos.
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