O "inafundável" Titanic acabou afundando na madrugada de 15 de abril de 1912, após colidir com um iceberg, deixando mais de 1.500 mortos no Atlântico Norte.
Naquele tempo, as notícias "demoravam mais a chegar". Ainda mais os detalhes de uma tragédia do alto-mar. Mas assim que a tragédia foi conhecida, os jornais britânicos dedicaram durante vários dias a primeira página para o naufrágio.
Muitos dos registros da imprensa ficaram perdidos. Porém uma descoberta agitou os fanáticos pela história trágica do Titanic. Um jornal ilustrando a espera agonizante enfrentada pelas famílias a bordo do Titanic foi descoberto no fundo de um guarda-roupa na Inglaterra depois de mais de um século.
Trata-se de um exemplar em bom estado do "Daily Mirror", de 20 de abril. "Uma das milhares de tragédias que fizeram do naufrágio do Titanic o mais horrível da história do mundo", destaca a manchete.
A primeira página mostra duas mulheres em Southampton — a cidade portuária inglesa de onde o Titanic partiu e onde vivia boa parte dos mortos — esperando que uma lista de sobreviventes fosse publicada.
O jornal foi descoberto em um guarda-roupa durante aa limpeza de uma casa em Lichfield (Staffordshire, Inglaterra).
"Dos 903 membros da tripulação do Titanic, apenas 210 foram salvos. Por esse desastre terrível mães foram roubadas de filhos, esposas de maridos e meninas de namorados", escreveu o jornal. Dentro, o jornal abre em uma página dupla com uma galeria de imagens daqueles que estavam a bordo.
De acordo com Charles Hanson, proprietário da Hansons Auctioneers, a avó de um cliente costumava guardar exemplares de jornais que traziam notícias que ela considerava importantes.
O exemplar do "Daily Mirror" foi a leilão, sendo arrematado nesta semana por cerca de R$ 250.
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