Na última segunda-feira (21), a escola Estadual Leontino Alves de Oliveira, em Rio Negro, amanheceu com pichações nas paredes de um dos banheiros com mensagens de incitação à violência, indicando data em que seriam cometidos crimes violentos naquela instituição de ensino, além de ter sido deixada uma blusa branca rasgada com as mesmas inscrições. Já na data de ontem (24), véspera da data difundida por meio das ameaças, circulou um novo áudio também incitando o crime e fazendo alusão ao episódio da escola, causando ainda mais animosidade entre os pais e alunos.
A partir de diligências, as polícias civil e militar conseguiram identificar um indivíduo de 18 anos e um adolescente de 14 anos de idade como responsáveis pelos atos criminosos cometidos na escola. Após a identificação dos autores, foi feita uma varredura em suas residências para melhor depuração das circunstancias e do motivo da dupla, não sendo encontrado qualquer ilícito ou outros elementos que indicassem a prática de crimes.
Em relação ao áudio com teor de ameaça, um aluno da escola, de 17 anos de idade, ao tomar conhecimento da proporção dos fatos e da investigação contra si, compareceu espontaneamente nesta Delegacia de Polícia para comunicar que enviou o áudio como uma “brincadeira” em um grupo de amigos, mas que acabou sendo difundido na cidade. Portanto, verificou-se que os atos de vandalismo não tinham relação com o novo áudio, ainda que se mostrasse igualmente grave.
S.J.C.S. (18) deverá responder pelas condutas de incitação ao crime, crime ambiental de pichar edificação e corrupção de menor de 18 anos para a prática de crimes. Já o adolescente responderá por ato infracional análogo aos fatos citados.
As Polícias Civil e Militar estão em constante vigilância, reforçando a importância de que toda a comunidade esteja atenta ao comportamento dos jovens.
De acordo com o delegado Gabriel Cardoso, pais, professores e alunos devem estar alertas para os sinais de risco, reportando qualquer atividade suspeita. “É fundamental lembrar que incitar a violência, como veicular mensagens de ameaças ou de supostas tragédias não é brincadeira e sim crime grave que será tratado com todo o rigor da lei”, salientou.
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