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Mãe fala de desafios com filho portador de Down e como apoia outras famílias

A Douradown é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos - Crédito: Dourados News A Douradown é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos - Crédito: Dourados News

Hoje apoiadora de famílias juntamente a Associação Douradown, Ana Maria de Barros, mãe de Guilherme de Barros, 32 anos, diagnosticado com síndrome de down aos sete meses de idade, conta que a trajetória junto ao filho é de desafios. O processo de assimilação da família à condição da existência de um cromossomo a mais, a compreensão do ritmo da criança, o enfrentamento ao preconceito, o mercado de trabalho foram algumas das questões abordadas pelo Dourados News junto a mãe na semana que marca o Dia Internacional da Síndrome de Down (21 de março). 

O jovem é apaixonado por futebol, música e computação e já trabalhou por 11 anos, no setor financeiro de um hospital em Dourados, mas no momento se dedica a aulas de violão, fonoaudiologia e pilates, sonhando em voltar ao mercado de trabalho. 

A mãe conta que a pausa na vida profissional aconteceu durante a pandemia, pois o rapaz tem problema respiratório e também devido a um período de depressão. 

“Agora na verdade ele está sonhando em voltar a estudar. Agora a gente quer na verdade, que ele se anime primeiro, volte um pouco para o mundo, pois ele está meio ausente e depois partir para o mercado de trabalho. Um passo de cada vez”. 

Ana Maria, que é empresária e tem também uma filha de 25 anos, destaca que o dia a dia faz com que seja resiliente e considera que o momento mais complicado foi na descoberta da condição de Guilherme, devido ao processo de assimilação e, diante disso, sempre apoia outras mães, principalmente nesta fase inicial. 

“Eu tive que nadar sozinha, na minha época, foi muito difícil, então sempre me coloco para ajudar as famílias. Mas acredito que depois que você é mãe, os filhos vão ser sempre desafios. Você vai enfrentar desafio com qualquer filho, desafios diferentes sim, mas desafios”, destacou.  

Na Douradown, juntamente com o presidente Carlos Aparecido Ferreira, Ana Maria tem apoiado a estruturação de ações em Dourados, voltadas para o desenvolvimento dos ‘dows’, inclusão e conscientização da sociedade sobre o tema. 

Ferreira tem uma filha de 11 anos e fala que a aceitação quanto ao cromossomo a mais, ainda precisa ser trabalhada constantemente. 

“Lutamos para que nossos filhos, os filhos dos nossos associados, todos os fihos dows da região, possam ser aceitos na sociedade, que as pessoas possam conhecer e compreender que síndrome de down não é ofensiva, não é uma doença, não é nada que venha a prejudicar ninguém. Que eles podem conviver muito bem e que todos aprendem em conjunto”, aponta. 

A Douradown 

A Douradown é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, que atua para o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, além da autonomia, independência, segurança, acesso aos direitos e participação plena e efetiva das pessoas com síndrome de Down, sem limite de idade. 

O endereço é: R. Indaiá, 250-262 - Panambi Vera. 

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: 67 9 9935-0135. 
 

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