Aviação

Maiores companhias aéreas explicam o que farão sobre cobrança de bagagens

Com o fim da regulamentação sobre a franquia de bagagem no Brasil, as empresas aéreas do país terão liberdade para definir as próprias políticas com relação ao tema. A mudança valerá para bilhetes comprados a partir do dia 14 de março deste ano.

A única obrigatoriedade será de que os passageiros deverão ter o direito de levar, sem qualquer cobrança adicional, ao menos 10 kg na bagagem de mão.

Veja o que dizem as maiores companhias aéreas brasileiras sobre as políticas gerais que serão adotadas:

Avianca

A Agência CNT de Notícias aguarda manifestação oficial da Avianca à reportagem. No entanto, representantes da empresa disseram anteriormente que, por enquanto, a companhia não alterará os procedimentos já vigentes. Assim, em voos domésticos, cada passageiro poderá despachar 23 kg, sem pagar separadamente pelo serviço.

Com o passar do tempo, a aérea poderá adotar novos procedimentos. Mas, seguindo as novas normas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a bagagem de mão poderá ter até 10 kg.

Azul

A Azul diz que continuará oferecendo normalmente a franquia de bagagens de 23 kg em seus voos domésticos e manterá os preços das passagens aéreas praticados atualmente. No entanto, a companhia oferecerá preços menores a quem não despachar malas.

Essa opção será introduzida gradativamente, a partir do dia 14 de março. Passageiros poderão transportar até 10 kg em bagagens de mão.

Em voos internacionais, o volume de bagagem despachada para voos com destino aos Estados Unidos e à Europa também passa a ser diferente.

Os clientes com bilhetes adquiridos para as classes Econonomy e Economy Extra terão direito ao despacho de dois volumes de 23 kg cada. Clientes da Azul Business, poderão despachar três volumes de 23 kg cada.

Caso o passageiro queira despachar um ou mais volumes extras, a companhia reduzirá o valor do volume extra de US$ 150 para US$ 100 por volume.

Para voos na América do Sul, a companhia terá por regra o despacho de um volume de até 23 kg de bagagem por cliente. Cada volume extra custará US$ 50.

Gol

A Gol afirma que terá uma classe tarifária mais barata para clientes que não despacharem bagagens e manterá também a opção daqueles que preferirem continuar a ter esse benefício ao adquirir o bilhete.

A empresa diz que adotará um modelo simples e os clientes não terão dificuldades para identificar as tarifas mais baratas sem o despacho de bagagens.

Aqueles que escolherem essas tarifas terão a opção de adquirir a franquia, que será calculada por volume despachado.

Os valores da unidade, que ainda serão definidos, irão crescer de acordo com a quantidade de malas. A primeira será mais barata que a segunda, que será mais barata do que a terceira e assim por diante.

O serviço poderá ser adquirido em todos os canais de atendimento da Gol (app, site, totem, central de atendimento, balcão). Haverá preços especiais para aquisição prévia (antes do check-in) e no autoatendimento.

Clientes Smiles terão condições diferenciadas, assim como aqueles que optarem por outras classes de tarifas que já incluirão a bagagem. Nos voos internacionais, os clientes Gol Premium também terão vantagens.

A data da implementação e mais detalhes do novo modelo serão anunciados pela companhia em breve.

Latam

A Latam afirma que implementará as mudanças de forma gradual para que o passageiro tenha tempo hábil de se adaptar às novas regras.

Cada passageiro poderá levar até 10 quilos (exceto Premium Business e Premium Economy, que mantém a franquia de 16 quilos) em bagagens de mão.

As dimensões da mala seguem inalteradas (no máximo 55 cm de altura x 35 cm de largura x 25 cm de espessura).

Quanto à bagagem despachada, inicialmente, cada passageiro poderá transportar 23 quilos em voos dentro do Brasil e de/para a América do Sul. Nos demais voos internacionais, clientes poderão despachar até dois volumes de 23 quilos cada.

Já os clientes nas cabines Premium Business e Premium Economy, poderão transportar até três volumes de 23 quilos.

As regras relacionadas às dimensões da bagagem despachada seguem inalteradas, onde largura + altura + comprimento somados devem ter até 158 centímetros.

Haverá alteração no pagamento do excesso de bagagem, seja pelo call center, site ou pessoalmente no aeroporto.

A cobrança será mais simples e feita por meio de taxas fixas por peça, por faixa de peso e/ ou por tamanho excedente. Os valores variam de acordo com o tipo de voo: doméstico, regional ou internacional.

Aos poucos, a aérea começará a cobrar por diversos serviços opcionais: despacho de bagagem, seleção de assento e alimentação a bordo.

Mas as datas em que isso começará a valer ainda serão anunciadas. Conforme a empresa, a projeção é que os preços poderão cair até 20% nos próximos três anos.

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