Brasil

Mais da metade dos casos de tuberculose em MS tem relação com a prisão

Fiocruz prorroga acordo de cooperação que estuda doenças na população privada de liberdade

Segundo pesquisador Julio Croda afirma que para diminuir os casos de tuberculose no Estado é preciso controlar a doença na prisão (Foto Divulgação) Segundo pesquisador Julio Croda afirma que para diminuir os casos de tuberculose no Estado é preciso controlar a doença na prisão (Foto Divulgação)

Foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (13) a prorrogação do extrato de acordo de cooperação entre a Fiocruz e o governo do Estado para estudar a população privada de liberdade em Mato Grosso do Sul. A pesquisa segue em vigência até o dia 29 de dezembro de 2022.

Segundo o infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, o acordo é uma continuação de um projeto que existe desde 2013. “Esse termo é uma renovação do que fazemos a cada seis meses com todos os privados de liberdade de três presídios no Estado”, explicou.

A cada seis meses são ofertados exames para tuberculose e HIV para todo a população privada de liberdade. Também é realizado exame molecular do escarro para identificar tuberculose, teste rápido molecular e raio-x para os presidiários das penitenciárias Penal, Máxima e PED  (Penitenciária Estadual de Dourados)  de Campo Grande e Dourados.

O estudo tem financiamento da agência de fomento dos EUA, chamada NIH (National Institute of Health). Croda explica que assim que o paciente apresenta resultado positivo para as doenças investigadas  é feito o tratamento e acompanhamento com apoio de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, bioquímicos e biológicos.

“Identificamos que  5% de todos os privados de liberdade tem tuberculose. Mais de 50% dos casos de tuberculose que acontecem na comunidade tem relação com a prisão. Se quisermos diminuir o número de casos de tuberculose no Estado temos que controlar a doença na prisão”, revelou Croda.

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