O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na manhã desta quinta que deverá deixar o comando da pasta até sexta-feira. Ele ponderou, no entanto, que não fará “nenhum movimento brusco” na transição para a próxima equipe.
“Temos uma perspectiva de troca no ministério. Deve ser hoje, o mais tardar amanhã. Vai se concretizar”, afirmou Mandetta, ao participar de uma palestra via internet do Fórum Inovação Saúde (FIS).
“Não vamos fazer nenhum movimento brusco, não. Sou uma peça menor nessa engrenagem”, disse o ministro, citando que em sua equipe há muitos funcionários concursados, que poderão continuar no ministério. “Vamos amparar quem quer que seja.”
Alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro, o ministro disse que vem enfrentando muitas dificuldades na pasta e disse que o país deverá registrar um alto número de casos no próximo mês. “Maio vai ser duro”, afirmou.
Os próximos ministros da Saúde deverão ser “cobrados num nível mais elevado”, previu, acrescentando que não bastará um acordo político para nomear o titular da pasta.
Mandetta disse ter preocupação com as condições de trabalho de seu sucessor e em garantir que ele possa agir. “O que eu puder fazer para ajudar, vou ajudar.” Depois da transição, porém, quer se distanciar, embora afirme que ainda não sabe o que fará.
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