O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deixou a sede da Polícia Federal em São Paulo por volta das 14h desta quinta-feira (22) após o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, ter revogado sua prisão. Ele saiu da PF com o advogado em um carro com os vidros escuros sem falar com a imprensa.
Mantega foi preso por volta das 7h50 desta quinta-feira no hospital Albert Einsten, onde acompanhava sua mulher, que tem câncer, em um procedimento cirúrgico.
Ele foi alvo de mandado de prisão temporária na 34ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Arquivo X. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido do ex-ministro. Para o advogado de Mantega, José Roberto Batochio, a revogação da prisão foi um ato de "legítima defesa da operação". "Foi uma prisão desnecessária, abusiva, autoritária e sobretudo desumana pela 'coincidência' com a cirurgia da mulher", disse Batochio. Para o advogado, a prisão foi revogada depois que a opinião pública se revelou contrária à prisão. Desconhecimento Moro afirmou que a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e ele mesmo não tinham conhecimento do estado de saúde da mulher do Mantega, que tem câncer. O ex-ministro estava com ela no hospital Albert Einstein no momento da prisão.
A Polícia Federal afirmou que, nas proximidades do hospital, agentes ligaram para Mantega, que se apresentou espontaneamente na portaria. "De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca", diz trecho de nota oficial emitida pela Polícia Federal. (Veja a íntegra no fim da reportagem) Segundo o advogado, ele quem sugeriu que Mantega se apresentasse no lobby do hospital para evitar que homens com "roupas pretas, tocas ninjas e metralhadoras entrassem no hospital e causassem tumulto".
22/09/2016 14h13 - Atualizado em 22/09/2016 17h12 Mantega deixa sede da PF em São Paulo após revogação da prisão Ele saiu da sede da PF por volta das 14h sem falar com a imprensa. Moro revogou prisão e disse que não sabia sobre saúde da mulher. Do G1 São Paulo FACEBOOK O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega deixou a sede da Polícia Federal em São Paulo por volta das 14h desta quinta-feira (22) após o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, ter revogado sua prisão. Ele saiu da PF com o advogado em um carro com os vidros escuros sem falar com a imprensa. Mantega foi preso por volta das 7h50 desta quinta-feira no hospital Albert Einsten, onde acompanhava sua mulher, que tem câncer, em um procedimento cirúrgico.
OPERAÇÃO ARQUIVO X Mantega é alvo da Lava Jato mandados da operação prisão de mantega prisão revogada bloqueio na conta pagamentos eike envolvimento do casal santana crítica do pt Ele foi alvo de mandado de prisão temporária na 34ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Arquivo X. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido do ex-ministro. Para o advogado de Mantega, José Roberto Batochio, a revogação da prisão foi um ato de "legítima defesa da operação". "Foi uma prisão desnecessária, abusiva, autoritária e sobretudo desumana pela 'coincidência' com a cirurgia da mulher", disse Batochio. Para o advogado, a prisão foi revogada depois que a opinião pública se revelou contrária à prisão. Desconhecimento Moro afirmou que a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e ele mesmo não tinham conhecimento do estado de saúde da mulher do Mantega, que tem câncer. O ex-ministro estava com ela no hospital Albert Einstein no momento da prisão.
A Polícia Federal afirmou que, nas proximidades do hospital, agentes ligaram para Mantega, que se apresentou espontaneamente na portaria. "De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca", diz trecho de nota oficial emitida pela Polícia Federal. (Veja a íntegra no fim da reportagem) Segundo o advogado, ele quem sugeriu que Mantega se apresentasse no lobby do hospital para evitar que homens com "roupas pretas, tocas ninjas e metralhadoras entrassem no hospital e causassem tumulto". O ex-ministro Guido Mantega chega à sede da PF em SP (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo) O ex-ministro Guido Mantega chega à sede da PF em SP (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo) "Quando ele foi procurado pela PF, a mulher estava pré-anestesiada e tinha saído do quarto. Ela estava em cima daquela maca rolante em direção ao centro cirúrgico e tocou o telefone dos policiais federais", disse Batochio.
Sergio Moro citou que foi informado que o ato foi praticado com discrição, sem ingresso no hospital. Para decidir pela liberação do ex-ministro, ele argumentou que as buscas começaram e que Mantega, uma vez solto, não deve oferecer riscos ou interferir na colheita das provas.
"Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial. Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras", declarou o juiz.
Durante entrevista coletiva, na qual a força-tarefa detalhou a 34ª fase da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou a prisão do ex-ministro teve como base "o fundamento foi a ordem pública". "Estamos falando de valores bilionários desviados dos cofres públicos", disse. Ele afirmou que foi pedida a prisão preventiva do ex-ministro, mas o juiz recusou e deferiu prisão temporária. Carlos Fernando classificou de "coincidência infeliz" o fato de a prisão ter acontecido no momento em que Mantega acompanhava a mulher no hospital.
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