Campeãs mundiais, eleitas as melhores velejadoras do planeta e favoritas na primeira Olimpíada que disputariam na vida, justamente em casa. Com um desempenho brilhante, Martine Grael e Kahena Kunze ignoraram qualquer tipo de pressão, venceram a regata decisiva da classe 49er FX e conseguiram, nesta quinta-feira, o sonhado ouro olímpico, o quarto do Brasil na Rio-2016.
A conquista na vela faz o país finalmente superar o número de títulos de Londres-2012, quando havia conquistado três primeiras colocações. O ouro de Martine e Kahena se soma aos de Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara) e Robson Conceição (boxe), que já haviam subido no alto do pódio olímpico no Rio de Janeiro.
O Brasil, no entanto, ainda segue longe da meta para a Olimpíada, que era entrar no top 10 do total de medalhas – hoje tem 13, contra 17 da Coreia do Sul, décima colocada no momento.
Martine é a oitava medalhista da família Grael, a mais tradicional da vela brasileira. O tio, Lars, tem dois bronzes em 1988 e 1996, enquanto Torben soma cinco medalhas, sendo duas de ouro, entre 1984 e 2004. Kahena, filha do também ex-velejador Claudio Kunze, campeão mundial da classe Pinguim nos anos 1970. Hoje, porém, a glória é só das herdeiras, que alcançam, com méritos, seu lugar próprio no Olimpo. (Com UOL)
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