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Ministério da Saúde deixa burocracia e obra no HV pode sair do papel

A revitalização total do Hospital da Vida depende agora da Prefeitura de Dourados. É que o Ministério da Saúde, abriu mão da transferência do terreno do Hospital, que é do Estado, para o Município. O Ministério exigia doação em caráter irrevogável, fator que dificultava o estado de doar a área. A decisão tomada em Brasília, no último dia 26, põe fim ao impasse que se arrastava há mais de seis anos.

O Ministério da Saúde também emitiu parecer com alterações no projeto inicial e as obras que antes custariam R$ 2 milhões passam a custar R$ 3,2 milhões aos cobres públicos, um aditivo de R$ 1,2 milhão a mais devido ao período de atrasos, já que os recursos foram garantidos em 2007. Estes valores a mais serão pagos em contrapartidas da Prefeitura e Governo do Estado. O Município já sinalizou que fará o investimento, conforme aponta relatório do Ministério da Saúde. Com as adequações, o Município fica apto para iniciar as obras de ampliação.

Com o esgotamento de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), crise por qual passa Dourados, a reforma e ampliação do Hospital é aguardada com expectativas. O investimento garante uma série de melhorias, como a ampliação de leitos comuns, de UTI, além da implantação de serviços como a ala de emergência pediátrica no principal hospital de Dourados. O Hospital da Vida é a porta de entrada do pronto socorro geral do Plano Diretor Regionalizado, possuindo 10 leitos de UTI adulto. A Unidade realiza em média 500 internações, 6 mil atendimentos, sendo que 50% das internações são de caráter cirúrgico, ortopedia, neurologia e cirurgia geral.

UTI

Conforme noticiou o Douradosagora, além da falta estrutural nos hospitais públicos, a cidade de Dourados está com as vagas esgotadas na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI). De acordo com relatório do Ministério Público Estadual, o déficit é de 70 vagas para atender toda região. Apesar de uma decisão judicial que obriga o município a fornecer leitos comuns e de UTI para todos os pacientes, estes ainda são facilmente encontrados nos corredores do Hospital da Vida.

Recentemente o secretário de Saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, disse em entrevista ao O Progresso que a falta de UTI é um problema crônico. Informou que o município, para cumprir determinação judicial e atender a demanda de pacientes vem buscando convênio com hospitais particulares, mas até o momento não obteve resposta positiva de nenhum deles. Alguns hospitais chegaram a recusar a proposta por conta de lotação.

Intervenção

O impasse que se arrastava há anos também contou com a intervenção da Bancada Federal no Ministério da Saúde, para pôr fim ao processo burocrático da transferência de terrenos.

Em Brasília, o deputado Federal Geraldo Resende, que é o autor dos recursos iniciais de R$ 2 milhões para a obra da reforma, diz que com foram necessárias audiências pedindo para que o Ministério abrisse mão da exigência, tendo em vista que o Estado também enfrentava problemas para transferir a área. Para ele, esta decisão do Ministério é motivo de comemoração, tendo em vista que a reforma do Hospital vai sair do papel, de uma vez por todas.

“Agora vamos nos colocar à disposição do Estado e do município para que, assim que o projeto estiver pronto, possamos intervir pela liberação dos recursos do convênio que firmamos com a União em 2007. Tenho certeza que esta reforma trará um fôlego para questões como a falta de leito e melhorias no atendimento de forma geral”. destaca o deputado da bancada federal de Mato Grosso do Sul.

Sem o acordo que colocou fim ao impasse, Dourados corria o risco de perder o recurso inicial de R$ 2 milhões que estão “encalhados” no Ministério da Saúde desde o ano de 2007, quando ocorreu o primeiro empenho (garantia de pagamento) dos valores.

fonte: Dourados Agora

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