O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de pelo menos quatro deputados bolsonaristas - Cabo Junio Amaral (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Otoni de Paula (PSC-RJ).
A determinação faz parte do conjunto de medidas adotadas para identificar financiadores de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. Um inquérito aberto no STF investiga a organização dessas manifestações.
Na manhã desta terça, por decisão de Moraes, a Polícia Federal começou a cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, entre as quais empresários, blogueiros, youtubers e um deputado, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.
Pela manhã, a Polícia Federal realizou busca e apreensão no gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.
Os investigadores fizeram o chamado "espelhamento" das informações de computadores do escritório.
A PF ainda localizou três computadores com aplicativos que inviabilizavam a cópia do material. Diante da situação, os agentes levaram dois computadores que seriam do deputado e um do chefe de gabinete.
A PF busca e-mails de todos os funcionários do gabinete que possam indicar eventual participação em uma rede de estruturação e financiamento dos atos antidemocráticos.
Silveira foi um dos 21 alvos da nova operação deflagrada hoje a pedido da Procuradoria Geral da República e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também atingiram empresários e blogueiros bolsonaristas. Além do gabinete do deputados, endereços no Rio também foram visitados pela PF.
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