Em Mato Grosso do Sul e outros 11 estados, o MP (Ministério Público) instaurou procedimento de apuração contra irregularidades na aplicação da vacina contra o coronavírus. No Estado, três municípios estão sendo investigados por denúncias de pessoas que furaram a fila de vacinação, que ocorre apenas em grupos prioritários.
Conforme publicação no Diário Oficial do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Cassilândia e Brasilândia deverão prestar informações sobre o processo de imunização. O trabalho é feito para evitar que haja irregularidades na destinação das doses.
Em Nioaque, a aplicação irregular já virou alvo de investigação contra o próprio prefeito. Valdir Júnior, do PSDB e de 37 anos, admitiu ter passado à frente e sido imunizado durante vacinação na Aldeia Brejão. Como justificativa, afirmou que foi vacinado para incentivar a população indígena que estaria resistente.
Até o momento, em MS a vacinação acontece em profissionais da Saúde, idosos que vivem em asilos e na população indígena que vive em aldeias. De acordo com a Agência Brasil, outros 11 estados passam pelo mesmo processo de apuração.
No Amapá, a Promotoria de Justiça de Pedra Branca do Amapari instaurou um inquérito civil para apurar se o secretário municipal de Saúde, Randolph Antônio Pinheiro da Silva, se valeu do cargo para furar a fila e receber a vacina contra a covid-19 antes de outras pessoas. Foram vazadas fotos do secretário e a esposa sendo vacinados.
Já no Amazonas, o caso rendeu paralização da vacinação em Manaus. O planejamento inicial deverá ser reordanizado, após duas médicas recém-contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde serem vacinadas. A apuração foi aberta, pois, as jovens foram contratadas após início da vacinação.
Na Bahia, o Ministério Público da Bahia e a Procuradoria da República no estado decidiram atuar conjuntamente para apurar suspeitas de irregularidades. Duas ações civis conjuntas já foram ajuizadas contra o prefeito de Candiba, Reginaldo Martins Prado, de 60 anos, acusado de fular a fila para tomar a primeira dose da vacina. De acordo com a Agência, a foto do prefeito sendo vacinado chegou a ser compartilhada nas redes sociais da prefeitura.
Então, no Ceará foram denunciadas irregularidades em pelo menos três cidades. No Distrito Federal, membros da força-tarefa de enfrentamento a covid-19 criada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios afirmam ter recebido, nesta quarta-feira (20), relatos sobre servidores públicos sendo imunizados indevidamente, o que os motivou a pedir esclarecimentos à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Outros estados que a Agência também listou são Pará, Paranaíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em todos eles foram recebidas denúncias de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 e o MP já começou a investigar os casos.
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