Mato Grosso do Sul figura como segundo maior exportador de milho desde o início deste ano entre os estados brasileiros. Com 451,1 mil toneladas vendidas no mercado internacional, faturou US$ 81,2 milhões entre janeiro e abril de 2021. 

Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) e revelam ainda alta de 205,9% no volume e de 211,7% na receita quando feito comparativo com igual período de 2020.

Com o resultado parcial, Mato Grosso do Sul superou o Paraná, que exportou 405 mil toneladas e faturou US$ 75,282 milhões. Mato Grosso é líder isolado, com 1,9 milhão de toneladas vendidas no mercado internacional e faturamento de US$ 393,7 milhões. 

O principal destino do milho produzido em território estadual foi o Egito, que pagou US$ 20,9 milhões por 127,8 mil toneladas. A Malásia importou 84,7 mil toneladas por US$ 16,5 milhões e o Peru injetou US$ 8,9 milhões na economia estadual pela compra de 38,6 mil toneladas. 

Ainda de acordo com o boletim Casa Rural, a principal porta de saída do milho de Mato Grosso do Sul para o exterior foi o Porto Paranaguá, no Paraná, “com 47,55% do total das receitas geradas nos primeiros quatro meses de 2021 e valor de US$ 38,6 milhões”. 

Safra 
 

De acordo com o Siga-MS, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul é de 2,003 milhões de hectares. Embora a produtividade esteja estimada em 75 sacas por hectare, com produção esperada de 9,013 milhões de toneladas, o clima tem preocupado por causa da falta de chuvas. 

“O desenvolvimento do milho está sendo prejudicado gradativamente devido à falta de chuva nas regiões produtoras. De acordo com os modelos agroclimáticos o estado possui em média 35 dias de estiagem agrícola”, informou o boletim Casa Rural divulgado nesta semana.

Além disso, a semeadura de aproximadamente 44% da área cultivada no Estado ocorreu fora da janela ideal, o que acarreta “maior chance de enfrentar adversidades climáticas, especialmente geadas”.

Desse ciclo, o volume já comercializado até o dia 10 de maio pelo agronegócio sul-mato-grossense chega a 38%, de acordo com levantamento realizado pela Granos Corretora.