Mato Grosso do Sul saltou da 14ª colocação para a 3ª, no ranking dos Estados produtores de celulose e papel. Os dados são da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em pesquisa divulgada nesta segunda-feira (17/5).
O mesmo material mostra também que, em uma década, ocorreu uma importante desconcentração da indústria brasileira, com redução da participação da região Sudeste no PIB industrial e um aumento na participação das demais regiões geográficas, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Nesse movimento, São Paulo perdeu 5,5 pontos percentuais de participação na produção manufatureira do Brasil, a maior queda entre os 26 estados e o Distrito Federal. O Rio Janeiro obteve o segundo pior desempenho, com recuo de 1,1 ponto percentual. A pesquisa compara os biênios 2007-2008 e 2017-2018.
Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional total, em razão do crescimento de sua indústria extrativa, sobretudo da extrativa mineral. Aumentou 1,5 ponto percentual. Junto com o Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, formam o grupo dos cinco estados de melhor desempenho.
Mesmo com o movimento de descentralização da indústria total – Extrativa, Transformação, Construção e serviços Industriais de Utilidade Pública – cerca de 80% da indústria brasileira estão concentradas no Sul e Sudeste do Brasil.
MS responde por 11% da produção nacional de celulose e papel
São Paulo perdeu participação na produção nacional de 20 dos 24 setores que compõem a Indústria de Transformação entre 2007-2008 e 2017-2018. As maiores perdas se deram nos setores de Celulose e papel, Produtos de metal, Vestuário e acessórios e Máquinas e materiais elétricos.
A participação do estado de São Paulo na produção nacional de celulose e papel caiu de 50,3%, no biênio 2007-08, para 32,2%, em 2017-2018. Ainda assim, São Paulo continua sendo o maior produtor, seguido por Paraná, que responde por 14,1% da produção nacional.
A perda de São Paulo se deve sobretudo ao crescimento de Mato Grosso do Sul, que saiu do 14º lugar no ranking, com 0,23% da produção nacional, para a 3ª posição, com 11% da produção nacional.
Na década analisada, o estado de Santa Catarina ultrapassou São Paulo no setor de Vestuário e acessórios, se tornando o maior estado produtor do Brasil. Santa Catarina passou a ter 26,8% da produção nacional, superando a produção de São Paulo, que corresponde a 22,5%.
São Paulo continua sendo o principal produtor de veículos automotores e manteve-se responsável por 52% da produção nacional do setor. Paraná subiu do 3º para o 2º lugar (com 13,8% da produção nacional), ultrapassando o estado de Minas Gerais (com 9,7%).
Apesar das perdas na indústria de transformação, São Paulo ganhou importância na indústria extrativa. Passou de 1% para 7,7% de participação nesse segmento entre 2007-2008 e 2017-2018.
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