na capital

MST invade sede do Incra e órgão é obrigado a suspender atendimento

Cerca de 800 integrantes do MST (Movimento Sem Terra) de Mato Grosso do Sul invadiram a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) na Capital no início da tarde desta quinta-feira (11) para manifestar a insatisfação sobre o trabalho do órgão no Estado.

Vindos de mais de 20 municípios do interior, a maioria aproveitou o movimento que ocorreu hoje pela manhã na Capital e em todo Brasil, intitulado de “Dia Nacional de Lutas”, para fazer pressão no Incra.

“Nossa manifestação aqui é pacifica, faz três anos que só estamos com promessas, vamos ficar aqui até o ministro (do Desenvolvimento Agrário) ou o presidente nacional do Incra se posicionarem sobre uma proposta aos trabalhadores”, comenta o coordenador regional Jonas Carlos da Conceição, de 33 anos.

De acordo com o grupo, o governo tem barrado o crédito prometido há anos para estruturar e oficializar assentamento. “Estão demorando para liberar a documentação sobre os assentamentos, queremos mais agilidade”, ressalta a senhora Aparecida Pereira, de 57 anos, de um assentamento em Ponta Porã.

Outro assentado, o senhor Faustino Nogueira, de Terenos, afirma que em alguns casos a verba foi liberada e bloqueada em seguida. “Em três anos nuca mudou nada, quando liberaram o dinheiro de alguns, bloquearam em seguida”, contou Nogueira.

A sede do Incra, em Brasília, também está invadida pelos trabalhadores, o coordenador regional diz estar em contato o tempo todo com eles para saber se alguém dará uma posição sobre as solicitações do MST. “Quando eles se posicionarem de lá, nós saímos daqui”, avisa o Jonas.

O trabalho no Incra de Campo Grande foi interrompido, alguns funcionários conseguiram sair antes da ocupação, outros ficaram presos e liberados após algumas horas pelos trabalhadores.

De acordo com o coordenador dos trabalhadores, o superintendente regional do Incra, Celso Menezes vai receber eles agora para uma reunião.

Após a conversa, o MST vai fazer uma assembleia em frente ao prédio para debater a proposta feita pelo Incra.

O movimento que ocorreu em todo Brasil, intitulado de “Dia Nacional de Lutas” e convocada por forças sindicais, reuniu 35 mil pessoas em Campo Grande, segundo dado oficial da Polícia Militar. Por cerca de uma hora, os integrantes marcharam pelas ruas do centro da cidade. Ao fim do protesto, os líderes sindicais garantiram que levarão as reivindicações do grupo ao governador André Puccinelli (PMDB) e ao prefeito Alcides Bernal (PP).

fonte: Campo Grande News

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