Heather Bankos é enfermeira de uma UTI neonatal e mãe de três crianças: uma de 8 anos, uma de 6 anos e outro de 3 anos. Em relato à revista americana Time , ela diz que gostaria que outras pessoas sentissem o que ela sente em relação aos filhos, então a mulher decidiu doar o útero para um projeto.
O programa desenvolvido na Baylor Univeristy Medical Center, em Dallas, nos Estados Unidos, tem como objetivo ajudar mulheres com síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser, uma anomalia congênita que resulta em útero ausente ou subdesenvolvido. No projeto, mulheres como Heather decidem doar o útero para ajudar quem tem o sonho de ser mãe.
“Eu simplesmente adorei estar grávida de meus filhos. Eu me senti incrível e muito confortável com meu corpo. Adorei ter esse vínculo secreto com meu bebê. Eu sou uma daquelas mães que faz com que as pessoas que não querem engravidar digam: 'Eu não sei como você faz isso’”, diz a americana, que é da Pensilvânia.
Heather afirma que tomou conhecimento da iniciativa por meio da internet. Determinada a ajudar outras mulheres a serem mães, ela conta que, naquela época, considerava a ideia de ser barriga de aluguel.
Ao entender mais sobre o projeto da Baylor Univeristy Medical Center, ela desistiu de ser barriga de aluguel e, com o apoio do marido, optou pela doação do útero.
“Eu realmente sinto que foi meu propósito ajudar alguém, seja alguém que conheço ou uma completa desconhecida. Eu faria de novo em um piscar de olhos”, completa ela.
Para a americana, doar o útero foi uma das melhores coisas que fez na vida. “É uma coisa incrível e fiquei feliz por ter feito parte disso. Toda mulher que quer filhos deve ter esse direito”, declara.
O procedimento cirúrgico de doação do útero durou 11 horas e foi conduzido por um robô. De acordo com os organizadores do projeto, ela foi a segunda mulher a fazer a cirurgia.
“A mulher, que receberia meu útero, me enviou alguns cartões e um presente, e eu enviei alguns cartões de volta. Mencionei que gostaria de conhecê-la algum dia, mas não podia, pelo menos, até que ela tivesse dado à luz”, complementa.
A enfermeira passou os cinco meses após a triagem aguardando, até que entraram em contato com ela e afirmaram que havia uma receptora para o útero. “Eu estava super animada. No dia anterior à cirurgia, eu sorria de orelha a orelha. Finalmente poderia fazer algo por outra pessoa”, celebra Heather.
Depois de optar pela doação do útero, Heather passou pela etapa de triagem e aguardou até surgir uma mulher interessada.
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