Mulher acusada de ter fornecido a arma que matou Jorge Rafaat, em Ponta Porã, em 2016, foi presa pela Polícia Federal nessa quinta-feira (30).
Conforme as investigações, no Brasil, ela era vendedora de cosméticos de porta em porta, mas no Paraguai, dona de empresas que movimentavam bilhões de guaranis, dedicadas à lavagem de dinheiro do narcotráfico.
A acusada também tem o nome ligado à empresa investigada por tráfico internacional de armas, que seria, inclusive, fornecedora da arma antiaérea calibre 50 usada para executar o traficante Jorge Rafaat, em junho de 2016.
Ainda segundo a PF, que expediu hoje um mandado de prisão preventiva para extradição contra a empresária, expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), entre as empresas da trama investigada está uma agência de viagens e outra, que movimentou mais de 200 bilhões de guaranis , algo em torno de R$ 143 milhões.
O pedido de prisão partiu de uma investigação do Ministério Público e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do país vizinho, após uma ofensiva contra o narcotráfico em 2016, na cidade irmã de Ponta Porã.
As investigações mencionam o agravamento da violência devido à disputa de poder entre traficantes após a execução de Rafaat, então chefe do crime organizado na fronteira entre Paraguai e Mato Grosso do Sul.
Investigada por lavagem de dinheiro e associação criminosa ligada ao tráfico internacional de drogas, a paraguaia estava na lista vermelha da Interpol (lista de procurados), mas foi presa ao sair de casa, em Ponta Porã.
Agora, ela aguarda o trâmite legal para ser entregue às autoridades paraguaias.
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