DOURADOS

Na Assembleia, deputado cobra município por não pagamento de médicos

Deputado Barbosinha durante sessão virtual na ALMS - Crédito: Divulgação Deputado Barbosinha durante sessão virtual na ALMS - Crédito: Divulgação

O deputado estadual José Carlos Barbosa, o Barbosinha (DEM), protocolou requerimento na sessão desta quarta-feira (3) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, cobrando explicações da Prefeitura de Dourados sobre o motivo do não pagamento dos salários atrasados de médicos que prestam serviço à Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde). 

O documento dá prazo de 48h para que a atual administração se manifeste sobre o caso. 

O motivo tem a ver com o repasse de R$ 9,2 milhões prometidos pelo governo do Estado para a conta da administração municipal. 

Segundo divulgado no dia 19 de fevereiro, data da celebração do contrato, chamado de ‘socorro emergencial’, os cofres do município receberiam de imediato uma parcela de R$ 6,2 milhões e outras duas de R$ 1,5 milhão cada. 

Conforme Barbosinha, na terça-feira ele foi procurado por profissionais que prestam serviços junto ao Hospital da Vida e da UPA, mantidos pela Funsaud, e foi informado sobre a não quitação dos débitos.

“O último pagamento que foi feito a esse pessoal da linha de frente no enfrentamento da Covid foi em outubro do ano passado. Médicos e enfermeiros acumulam atrasos dos meses de novembro e dezembro de 2020 e agora de janeiro e fevereiro deste ano, com o dinheiro repassado pelo Estado na conta da Prefeitura”, disse o parlamentar durante o pronunciamento na sessão.

A Fundação vive crise econômica e acumula dívida superior a R$ 70 milhões, com déficit mensal de R$ 3 milhões, segundo o Conselho Municipal de Saúde.  

Outro lado

O Dourados News entrou em contato com a prefeitura que confirmou a situação. 

Em nota, a assessoria de imprensa do Município também relatou que o dinheiro repassado pelo Governo do Estado estará na conta da Fundação ainda nesta quarta-feira (03).

“A transferência de recursos entre o Fundo Estadual de Saúde, via Governo do Estado, para a Funsaud, pela Prefeitura, dependia da elaboração de um aditivo contratual, ao contrato já existente entre a Secretaria de Estado de Saúde e a Funsaud. Esse aditivo possibilita a transferência do recurso”, informa a nota.

Ainda na tarde desta quarta-feira, uma edição suplementar do Diário Oficial foi publicada com o aditivo, possibilitando assim a transferência.  
 

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