A quantidade de adolescentes grávidas no Brasil caiu 17% entre 2004 e 2015, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Ministério da Saúde.
As informações levantadas pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) apontam para uma queda, entre mães de 10 a 19 anos, de 661,2 mil nascidos vivos, em 2004, para 546,5 mil, em 2015.
A diretora do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes), Thereza de Lamare, expõe alguns fatores que podem explicar a redução. "Expansão do programa Saúde da Família, que aproxima os adolescentes dos profissionais de saúde, mais acesso a métodos contraceptivos e ao programa Saúde na Escola, que oferece informação de educação em saúde", enumera.
Crianças nascidas de mães adolescentes representam 18% dos 3 milhões de nascidos vivos no País em 2015. A região com mais filhos de mães adolescentes é o Nordeste, que concentra 180 mil nascidos, ou 32% do total. Em seguida, vêm a região Sudeste, com 179,2 mil (32%); a região Norte, com 81,4 mil (14%); a região Sul (62.475 – 11%); e Centro Oeste (43.342 – 8%).
Educação reprodutiva
Atualmente, 66% das gravidezes em adolescentes são indesejadas e, para reduzir esses casos, o Ministério da Saúde investe em políticas de educação em saúde e em ações para o planejamento reprodutivo.
Uma das iniciativas é a distribuição das Caderneta de Saúde de Adolescentes (CSA), com versões masculina e feminina. A caderneta contém subsídios que orientam atendimento integral dos jovens.
Para prevenção da gravidez, o Ministério da Saúde distribui a pílula combinada, anticoncepção de emergência, mini-pílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral e diafragma, assim como preservativo feminino e masculino. Recentemente, a pasta anunciou a oferta de DIU de Cobre em todas as maternidades brasileiras, o que inclui as adolescentes dentro desse público a ser beneficiado.
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