Operação Omertà desencadeada na manhã desta sexta-feira (27/9) em Campo Grande cumpre 23 mandados de prisão – 13 preventivas e 10 temporárias - e 21 de busca e apreensão. A ação visa desarticular milícia existente na Capital e conta com policiais civis do Garras, Gaeco, além de Bope e Choque da PM.
O empresário Jamil Name e o filho dele, Jamil Name Filho, estão entre os alvos.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, a medida investiga organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
Segundo o site Campo Grande News, as prisões de hoje são fruto de investigação iniciada após flagrante ocorrido no dia 19 de maio deste ano, quando o guarda municipal Marcelo Rios foi flagrado com um arsenal em uma casa na Rua José Luiz Pereira, no Jardim Monte Líbano, também na capital.
Naquela ocasião, foram apreendidos dois fuzis AK-47, quatro fuzis calibre .556, uma espingarda calibre 12, 17 pistolas, um revólver e munições, além de silenciadores, lunetas e bloqueadores de sinal de tornozeleiras eletrônicas.
O Campo Grande News menciona ainda que, além de Rios, outros dois guardas municipais e um segurança do empresário foram denunciados pelo Gaeco por obstruir investigação e integrar grupo de extermínio responsável por três execuções na capital.
ORMETÀ
Omertà, nome dado à operação, é um termo da língua napolitana que define um código de honra de organizações mafiosas do Sul da Itália.
Fundamenta-se num forte sentido de família e no voto de silêncio que impede cooperar com autoridades policiais ou judiciárias, seja em direta relação pessoal como quando fatos envolvem terceiros.
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