Várias organizações criminosas que operam no Brasil, como o PPC (Primeiro Comando Capital) e Comando Vermelho, teriam unido as forças para eliminar Jorge Rafaat Toumani, 52. O objetivo com isso seria controlar o ingresso de cocaína no mercado de consumo brasileiro através da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que representa atualmente lucros milionários.
Segundo divulgou nesta terça-feira (21) o jornal paraguaio ABC Color, 90% de toda a cocaína boliviana e colombiana que chega a Pedro Juan de avião, é enviada para consumo no Brasil.
Isso representa um ganho líquido de pelo menos US$ 3 milhões por mês, ou seja, em torno de R$ 10 milhões na atual cotação. As informações, segundo o jornal, teriam sido confirmadas por porta-vozes das agências da inteligência militar brasileira.
Nos últimos anos, Rafaat teria mantido controle absoluto sobre todos os negócios realizados no mercado negro, sem permitir que outras facções criminosas se estabelecessem em Pedro Juan.
Diante disso, várias organizações como o PCC baseado em São Paulo, Comando Vermelho com base no Rio de Janeiro, e outras que operam no Paraná, teriam unido forças supostamente com o narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, para executar o ataque que matou Rafat na quarta-feira passada (15), relembre qui.
Pavão está atualmente preso no presídio Tacumbú, em Assunção, que é maior cadeia do Paraguai. Ele já estava lá quando Rafaat foi morto.
Ainda conforme publicado pelo ABC Color, o ex-militar brasileiro Sergio Lima dos Santos, que supostamente foi quem atirou em Rafaat com uma metralhadora calibre .50, pertence ao Comando Vermelho. Dos Santos foi ferido em tiroteio e preso, mas está internado, relembre aqui.
O novo "chefão" do tráfico na fronteira seria então um homem com três identidades, Rumich Hector Da Silva, Ronaldo Benitez ou Oliver Giovanni Da Silva, vulgo Galan. Conforme o ABC Color, o homem é ligado ao PCC, relembre aqui.
CASO
Tratado pela imprensa paraguaia como o traficante mais poderoso do país, Rafaat caiu numa emboscada no Centro de Pedro Juan Caballero na noite de quarta-feira passada.
Os disparos que atingiram o seu corpo foram de fuzis antiaéreos que fizeram com que a caminhonete blindada utilizada por ele não suportasse os tiros.
Sete pessoas foram presas, algumas delas feridas após embates por conta do assassinato de Rafaat. Estabelecimentos comerciais mantidos por ele na cidade, também foram queimados ou quebrados.
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